Enfermagem

Há que zelar pelos nossos IDOSOS!

Olá caros leitores!

Num país como o nosso Portugal que tem vindo a atravessar uma tenebrosa crise política, económica e social cujo fim não se vislumbra, há que considerar a deplorável condição dos mais vulneráveis, desfavorecidos, e bem assim, desprotegidos, como o são, entre outros, os idosos.

Tampouco tenho a pretensão de vos trazer aqui um artigo pomposamente requintado sobre geriatria, ainda que, a saúde dos idosos seja uma temática pertinente e preocupante na actual conjuntura, uma vez que a população portuguesa, tendencialmente estará a envelhecer em escala galopante, conforme o elucida a Moddy’s no artigo: Portugal vai entrar para o grupo dos países “super idosos” em 2020.

Ora bem! Parece que os nossos governantes estão “preocupadíssimos” com a questão de que o envelhecimento da população, venha a retirar uns tais 0,4 % à taxa  de crescimento anual da economia global, durante os próximos cinco anos, e, no sentido de se colmatar esta contingência, uma tal comissão nomeada pelo Governo liderado por Pedro Passos Coelho – como sabem, o nosso actual Primeiro Ministro – apresentou umas quantas medidas que já vos terei abordado no meu artigo: A QUESTÃO DOS…INCENTIVOS À NATALIDADE!…como se alguma vez, tais pretensas medidas abonatórias – que mais não são do que falaciosas demagogias da “treta”, atendendo ao seu pequeno, senão, grande reparo, que, faz toda a diferença(!): “só serão concretizadas se houver disponibilidade  no Orçamento de Estado” – fossem a resposta para o problema do envelhecimento populacional.

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– Ora, ora sr. Primeiro Ministro, deixe-se lá de redundâncias!

Certo é que, com o agravamento que se perspectiva da crise, pelo aumento do déficit orçamental, coadjuvado com os recentes, escandalosos, eu diria mesmo(!), chocantes casos de corrupção, que pasmaram e continuam a pasmar o “zé povinho”, qual “espécime” combalido e ignorante – o que diga-se de passagem, até confere um certo jeito a esses tais “personagens”  detentores do poder – tão somente, quer saber o seguinte:

– “Mas afinal de contas, onde foi parar o dinheiro?”

Mas, dizia eu, com este cenário negro, nem sequer tenhamos a mínima dúvida que, e mais uma vez, seremos nós, os cidadãos deste país, as vítimas; sim, as subjugadas vítimas(!) desses tais”esclavagistas”, a pagar a factura, por este desgoverno!

– Mas o que é que isso tem a ver com a questão dos nossos idosos, Paula? – poderiam, eventualmente, os caros leitores questionar.

Pois muito bem! Tem tudo a ver, pois repare-se:

O aumento do número de idosos significa também que os portugueses vivem cada vez mais tempo, conforme o informa o artigo: Quem são e como vivem os nossos idosos em Portugal. Este aumento da esperança média de vida, certamente fruto dos avanços da tecnologia científica, medicina, farmacologia, engenharia biomédica, etc., proporcionou longevidade, todavia, condicionada numa escala decrescente, em termos de qualidade de vida. E o que é que isto significa?… Está-se mesmo a ver, não é verdade?

Significa que, o número de pensionistas de velhice da Segurança Social aumentou exponencialmente, dos quais, cerca de 77,9% aufere pensões inferiores ao salário mínimo nacional!

Significa que, aumentou o número de pessoas idosas a viverem sozinhas e, o mais grave(!), a viverem abaixo do limiar da pobreza!

Significa que, dadas as políticas da austeridade vigentes e, evocando particularmente os cortes nas pensões sociais de menor valor, induziu a que os nossos idosos, no sentido de assegurar a manutenção da sua própria subsistência, racionalizassem os gastos com as despesas de saúde, nomeadamente em consultas, exames auxiliares de diagnóstico – porque enfim, a questão da isenção das Taxas Moderadoras levou um ” volte-face”, não é verdade?…Uma dessas tais estratégias economicistas, por parte do Governo – e até, imagine-se(!), em consumo de medicamentos, chegando-se ao cúmulo de seleccionarem apenas os ” estritamente essenciais”(?!), e às vezes, mesmo esses, “sabe Deus”(!), o sacrifício para os adquirir!

Significa que, dadas as contingências citadas anteriormente, os nossos idosos chegam-nos às Urgências Hospitalares emcondições francamente degradantes!…Eu diria mesmo, INDIGNAS à VIDA HUMANA, a avaliar pela excessiva gravidade das patologias e mau estado geral que apresentam, concomitantemente, na sequência de processos arrastados, adiados, e/ou negligenciados por parte dos próprios, família e/ou Instituições que os acolhe…

– Ah pois é! E já sabemos qual é resultado destes desacatos, não é verdade?

Não é mais do que: os Serviços de Urgência atafulhadíssimos, com doentes, a grande maioria deles, idosos – pois está claro, os mais vulneráveis! – imunodeprimidos, engripados, “entupidos”… e por conseguinte, as enfermarias, como devem calcular, repletíssimas(!), quais autênticos “depósitos” de acolhimento, principalmente nesta altura do ano, em que têm imperado as baixas temperaturas.

Perante esta vergonhosa escandaleira e, no sentido de “sacudir a água do capote”, qual falacioso manifesto de um “estamos apreensivíssimos!”, o sr. Ministro da Saúde Paulo Macedo afirma (e, esperamos bem que cumpra!) que “os lares vão ser mais acompanhados, para garantir que os idosos recebem todos os cuidados a que têm direito”, pois ao que parece, o Governo quer soluções mais eficazes para casos de idosos “depositados” nos hospitais.

– “Meu Deus”!…Ao que chegámos! Se era escusado chegarmos a este ponto?…Claro que sim! Como?

Os nossos governantes deveriam considerar prioritária a reestruturação das políticas de saúde, nomeadamente, as de intervenção a nível dos C.S.P. (Cuidados de Saúde Primários), e mais concretamente, considerarem o alargamento da rede de Cuidados Continuados, que é como quem diz:

“- Contratem mas é enfermeiros, profissionais especializados na reabilitação e façam uma aposta mais sustentada nos cuidados domiciliários!…E desta forma, verão se o nível de saúde dos nossos idosos não melhorará substancialmente!”

A propósito do tema, recordei-me agora da aldeia que viu nascer e crescer os meus pais e à qual regressaram há poucos anos, para se juntarem aos outros, poucos anciãos que nela habitam; alguns deles, tampouco de lá saíram, subsistindo nos tempos com os frutos da terra, por via das tão calejadas mãos que agora agarram bengalas, ou outros suportes para locomoção.

-Ah!…Como adoro ir àquela aldeia! Não só pela sua beleza paisagística, mas também porque gosto daquelas pessoas; gente humilde e genuína que se entreajuda e mantém espírito solidário em contínuo. Confraternizam habitualmente no Pavilhão-Convívio, local onde se reúnem esporadicamente ao fim-de-semana, para uma petiscada; onde abundam essencialmente deliciosas iguarias “caseirinhas”, típicas do concelho de Vila Nova de Poiares – Chanfana; Negalhos; Morcelas; Arroz de Bucho; Broa; Mel do Urze; Arroz Doce; Leite Creme; Folar… e claro está(!), o tradicional doce “Poiarito”,ex libris do concelho.

Mas o que é mesmo uma “delícia”, é ouvir os seus manifestos de indignação relativamente aos nossos governantes, na sequência da implementação das crescentes políticas de austeridade; entre os quais, e, com a vossa licença, passo a citar quase ipsis verbis:

“- P*ta que os pariu, a todos esses gatunos que só querem a nossa desgraça e que a gente morra mais depressa, para não terem despesa connosco!”

Enfim…nem todos podemos ser castos nem cautos na linguagem, não é verdade? E esta, é a forma de expressarem o seu SENTIR!

Como sempre, até breve se Deus quiser.

Beijinhos

Paula Pedro

 

Fonte: Pamarepe

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Paula Pedro

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