Saúde e bem-estar

Desvendada causa de comportamento repetitivo patológico em obsessivos-compulsivos

Estudo da Universidade de Columbia e do Instituto Psiquiátrico
do Estado de Nova Iorque na «Science»

 
Lavar as mãos constantemente é um dos sintomas mais comuns em pacientes com DOC

O distúrbio obsessivo compulsivo (DOC) é um transtorno de ansiedade caracterizado por pensamentos obsessivos e compulsivos que se materializam em comportamentos repetitivos que visam diminuir a grande ansiedade associada às obsessões. Este distúrbio, que afecta dois a três por cento da população mundial, pode provocar problemas na vida quotidiana ou ser mesmo incapacitante.

Uma equipa de investigadores da Universidade de Columbia e do Instituto Psiquiátrico do Estado de Nova Iorque utilizaram uma nova tecnologia em modelos animais (ratinhos) e descobriram que a estimulação repetida de circuitos específicos do cérebro ligados ao córtex cerebral e o corpo estriado produz comportamentos repetitivos.

Tendo como alvo esta região, é possível parar as alterações anormais do circuito antes que se tornem em comportamentos patológicos em pessoas com risco de para desenvolverem este distúrbio. Dirigido por Susanne Ahmari, professora assistente de psiquiatria clínica, o estudo foi publicado recentemente na «Science».

As obsessões e as compulsões centram-se no córtex, que controla os pensamentos, e no corpo estriado, que controla os movimentos; mas pouco se sabe como as anormalidades nessas regiões do cérebro levam a comportamentos compulsivos patológicos.

Para simular o aumento da actividade que tem lugar no cérebro de pacientes com DOC, os investigadores utilizaram uma nova tecnologia chamada optogenética, na qual canais iónicos activados por luz são expressos em subconjuntos de neurónios; os circuitos neuronais são então selectivamente activados com luz.

O que encontrámos foi surpreendente”, diz Ahmari. “A activação dos circuitos não leva directamente a comportamentos repetitivos nos ratinhos. Mas se estimularmos consecutivamente durante cinco minutos ao longo de vários dias, vemos um desenvolvimentos progressivo de comportamentos repetitivos que persistem por mais de duas semanas depois da estimulação ter cessado”.

Além disso, “quando tratámos os ratos com fluoxetina (um dos fármacos mais comuns para pacientes obsessivos-compulsivos) o seu comportamento volta ao normal”. Este estudo, tal como outros que a equipa de Susanne Ahmari está a levar a cabo, pode fornecer valiosas pistas para novos tratamentos contra o DOC.

 

Fonte : http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=57879&op=all

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