Saúde e bem-estar

Pulmão humano “nasce” pela 1ª vez em laboratório

Pela primeira vez, um grupo de cientistas norte-americanos conseguiu criar com sucesso pulmões humanos em laboratório. Embora pareça ficção científica, a “produção” de órgãos em ambiente laboratorial é um dos maiores objetivos dos investigadores com vista a reduzir o problema das longas listas de espera para transplante que, com frequência, é fatal para os pacientes.
Os especialistas da University of Texas Medical Branch (UTMB), nos EUA, utilizaram para o efeito um pulmão danificado, que serviu de molde ao novo órgão. “Removemos todas as células, todo o material existente dentro do pulmão, e deixámos apenas o ‘esqueleto’, as partes que já não eram células”, explica Joaquin Cortiella, um dos coordenadores da investigação, em comunicado.
Segundo Joan Nichols, outra das cientistas envolvidas no processo, esta retirada das células explica o facto de o pulmão artificial ser “bonito e não apresentar quaisquer sinais de sangue”. Depois deste primeiro procedimento, os investigadores voltaram a acrescentar células de outro pulmão que não podia ser usado para transplante mas era ainda parcialmente viável.
Finalmente, a estrutura foi colocada numa grande câmara cheia de um líquido que proporcionou às novas células os nutrientes necessários para crescer. Ao fim de cerca de quatro semanas, nasceu um pulmão humano.
“Demorou um ano até que provássemos a nós próprios que fizemos um bom trabalho. Não podíamos ir a correr gritar ao mundo que tínhamos feito algo fantástico até o termos provado a nós mesmos”, confessa Nichols, que acrescenta que os pulmões de laboratório são muito semelhantes aos verdadeiros, apenas “mais cor-de-rosa, mais suaves e menos densos”.
De acordo com Joaquin Cortiella, “o mais entusiasmante [acerca do sucesso da investigação] é a possibilidade de reduzir o tempo que as pessoas têm de esperar por um transplante de órgãos”.
Ainda assim, alerta Nichols, deverá ser preciso esperar pelo menos cerca de 12 anos até que estes pulmões possam ser criados para ser usados com segurança em transplantes em humanos. Dentro de dois anos, os investigadores esperam começar a testá-los em animais.
Os transplantes de pulmão estão entre os procedimentos mais arriscados e perigosos e, embora a taxa de sobrevivência ao fim de um ano seja tipicamente alta (entre 90 a 94%), esta taxa cai significativamente cerca de cinco anos depois do transplante, em particular devido à rejeição crónica, que faz com que as vias respiratórias se deteriorem.
Fonte : http://boasnoticias.sapo.pt/

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