Saúde e bem-estar

OE preocupada com cansaço e saturação dos enfermeiros do Centro Hospitalar do Baixo Vouga

A Ordem dos Enfermeiros (OE) está preocupada com o nível de saturação e cansaço dos profissionais de enfermagem do Centro Hospitalar do Baixo Vouga, E.P.E., temendo pelos reflexos na qualidade e segurança dos cuidados prestados aos cidadãos, avança a Ordem, em comunicado de imprensa.
“Vou daqui preocupado”, confessa o bastonário da OE, Germano Couto, que segunda-feira à tarde realizou uma visita institucional ao Hospital de Aveiro, sede daquele Centro Hospitalar, integrado numa delegação da Secção Regional do Centro (SRC) da OE.

 

O bastonário comprometeu-se a abordar com a tutela essa e outras questões suscitadas na visita, mas exortou a idêntica atitude o Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Baixo Vouga e os próprios enfermeiros que lá trabalham, no sentido de serem melhoradas as condições.

 

“Sabemos que está a ser feito um esforço dos enfermeiros para além do que é aceitável. Os enfermeiros estão saturados, cansados”, sublinha.

 

Enquanto cidadãos – acrescenta – “estão a viver um momento complicado nas suas vidas” e enquanto enfermeiros “estão a viver uma situação muito desgastante, em que a sua carreira não é reconhecida” devidamente pelo Ministério da Saúde.

 

“O cansaço acumulado por aumento de horas de trabalho começa-se a notar, e acima de tudo sabemos que isto tem reflexos na prestação de cuidados”, acentua o bastonário.

 

Na sua perspectiva, a situação vivida no Centro Hospitalar do Baixo Vouga afecta a maior parte dos hospitais e centros de saúde do país, devido às restrições impostas pela Tutela na contratação de recursos humanos.

 

“Preocupa-me acima de tudo as dotações que estão aquém do desejável. Temos subdotações e isso, como disse ao presidente do Conselho de Administração e ao Conselho de Administração, reflecte-se nos indicadores, reflecte-se na mortalidade e na morbilidade dos utentes a nível da rede hospitalar”, afirma Germano Couto.

 

Na visita institucional, em que foi acompanhado pela presidente do Conselho Directivo Regional da SRC, Isabel Oliveira, bem como do presidente do Conselho de Enfermagem Regional do Centro, Hélder Lourenço, constatou também um excesso de utentes em macas nos corredores do Serviço de Urgências de adultos do Hospital de Aveiro.

 

“Continuamos a ter um excesso de macas nos corredores dos serviços, o que é contraproducente para a natureza do serviço em causa”, observa, frisando que isso acontece por falta de resposta dos serviços para onde o utente deveria ser encaminhados em função da sua doença, assim como da falta de resposta das estruturas na comunidade.

 

No Serviço de Urgência, segundo Isabel Oliveira, “foi notório o cansaço das equipas, a desmotivação, pela acumulação das horas”, associado ao contexto em que exercem a actividade, com a acumulação das macas, o aumento da afluência dos utentes, de utentes cada vez mais idosos, mais dependentes.

 

Fonte: rcmpharma

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