Portugueses são dos povos da Europa que mais sofrem de stress profissional
Mais de metade dos trabalhadores europeus (51%) considera habitual o stress no seu local de trabalho e, quatro (4) em cada 10 profissionais, afirmam que o stress não é correctamente abordado na sua organização. A falta de apoio por parte de colegas e chefias (33%), comportamentos negativos como o bullying ou assédio moral (23%), a falta de clareza sobre funções e responsabilidades (21%) e limites à gestão do seu próprio trabalho (16%) são também apontadas como causas de stresse no local de trabalho.
Os portugueses estão entre os europeus que mais sofrem de stress laboral (59%), sendo ultrapassados pelos cipriotas (88%), gregos (82%), eslovenos (72%), malteses e eslovacos (ambos com 62%) e os holandeses (60%). Já os trabalhadores no Liechtenstein são os que referiram menos problemas no seu local de trabalho. Naquele país, 3,5 em cada 10 cidadãos consideram ser comum a ocorrência de situações que provoquem stress.
A maioria dos trabalhadores europeus (63%) considera que a gestão de stress no seu local de trabalho é bem gerida. Os homens possuem uma opinião mais positiva (65%) do que as mulheres (59%) quanto à gestão eficaz de situações negativas no emprego. Portugal segue esta tendência, com 63% dos portugueses inquiridos a responder afirmativamente. No sentido oposto, os espanhóis e os búlgaros são os europeus com mais queixas, com 56% e 49%, respectivamente, a afirmar que situações geradoras de stress são mal orientadas.
Este estudo insere-se na Campanha Europeia “Locais de trabalho saudáveis contribuem para a gestão do stress”, apresentado em Portugal pela Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) e a EU-OSHA. A Campanha procura mostrar a melhor forma de lidar com o stress e os riscos psicossociais no local de trabalho, através da promoção e adopção de ferramentas simples, que podem ajudar as organizações a gerir mais eficazmente esses riscos. Actualmente, o stress é o segundo problema profissional mais frequente entre os trabalhadores europeus (logo a seguir às doenças musculoesqueléticas), sendo responsável por 50 a 60% das faltas ao trabalho.
Para a concretização deste estudo foram entrevistados perto de 17 mil cidadãos com mais de 18 anos nos 28 países da União Europeia (UE), na Noruega, na Islândia, no Liechtenstein e na Suíça.
Em Portugal, a amostra é composta por 502 entrevistas, realizadas entre Novembro e Dezembro de 2012. A margem de erro da amostra nacional situa-se entre os 2,8% e os 4,4%.
Sobre a ACT
A Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) tem como missão a promoção da melhoria das condições de trabalho através da promoção da segurança e saúde no trabalho em todos os sectores de actividade públicos ou privados e do controlo do cumprimento do normativo laboral no âmbito das relações laborais privadas.
A ACT é o Ponto Focal Nacional da EU-OSHA e coordena e dinamiza as actividades da EU-OSHA a nível nacional.
Sobre a EU-OSHA
A Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho (EU-OSHA) contribui para tornar os locais de trabalho mais seguros, saudáveis e produtivos. A agência investiga, trata e distribui informação fiável, equilibrada e imparcial sobre segurança e saúde e organiza campanhas de sensibilização pan-europeias. Criada pela União Europeia (UE), em 1994, sediada na cidade espanhola de Bilbau, a Agência reúne representantes da Comissão Europeia, dos governos dos Estados-Membros e de organizações de empregadores e de trabalhadores, bem como especialistas dos 28 Estados-Membros da UE e de outros países.
Fonte: comunicado de imprensa
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