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Cateter Venoso Central de Inserção Periférica (PICC)- Cuidados de Enfermagem

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O cateter venoso central de inserção periférica de longa permanência (PICC) é confeccionado em material macio e flexível (silicone ou poliuretano), indicado para pacientes em uso de terapia intravenosa com drogas vasoativas, nutrição parenteral prolongada, antibiótico-terapia e infusões hipertônicas entre outras.

A prematuridade é uma das principais causas de internamento nas unidades neonatais, responsáveis por elevadas taxas de morbidade no periodo perinatal.

O acesso venoso central como medida fundamental para recuperação do neonato.

– Reposição de eletrólitos;
– Administração de nutrição parenteral;
– Antibioticoterapia;
– Evita multiplas punções culminando em flebotomia.

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O cateter venoso central de inserção periférica (PICC)  tem sido utilizado em unidades neonatais com frequência cada vez maior por ser um dispositivo de longa permanência e com um menor risco de complicações mecânicas e infecciosas.

Nas instituições onde o uso de PICC é implantado, deve ser elaborada uma estratégia de educação continuada que permite capacitar os profissionais quanto à sua manipulação e manutenção.

INDICAÇÕES

– Obter e manter acesso venoso profundo por tempo prolongado;

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– Administrar soluções hiperosmolares (ex: nutrição parenteral, solução glicosada em concentração maior que 12,5%, aminas vasoativas);
-Administrar soluções vesicantes e irritantes.

CONTRA-INDICAÇÕES

-Administrar grandes volumes “em bolus” e sob pressão;
– Difícil acesso venoso periférico por punções repetidas com formação de hematoma e trombo;
– Lesões cutâneas no local da inserção.

VANTAGENS DO PICC

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– Fácil instalação;
– Tempo de permanência prolongado;
– Menor risco de infecção;
– Preservação da rede venosa;
– Indicado para terapia domiciliar;
– Redução do estresse causado por múltiplas punções;

Vantagens relacionadas aos pacientes:

– Manter preservados demais acessos venosos;
– Menor risco de infecção em relação a outros dispositivos vasculares centrais;
>- Melhor hemodiluição das drogas, diminuindo a agressão ao sistema vascular;
– Não há risco de trombose de sistema porta;
– Menor desconforto e dor para o paciente;
– Menor restrição da mobilidade;
– Diminuição do stress do paciente.

Relacionadas à equipe / instituição
– Maior facilidade de inserção/manuseio quando comparado com outros dispositivos vasculares;
– Diminuição do stress da equipe pelas punções repetitivas;
– Maior relação custo/benefício.

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INSERÇÃO DO CATETER

ESCOLHA DO ACESSO VENOSO
– Veias preferenciais para inserção: basílica, cefálica, ou mediana cubital.
– Características das veias escolhidas: palpáveis, calibrosas, e “retas” o suficiente para a inserção e adequação da agulha introdutória.
– A pele sobrejacente à veia escolhida deverá estar íntegra e não apresentar sinais de: Hematomas; Infecção (flebites, celulites e abcessos); Alteração Anatômica.

PICC (CATETER CENTRAL DE INSERÇÃO PERIFÉRICA)

O cateter é considerado posicionado em nível central, quando se localiza dentro dos limites do tórax. A posição ideal da ponta do cateter, é quando este estiver localizado no terço distal da veia cava superior.

CATETER DE LINHA MÉDIA

O cateter é considerado em posição periférica, quando se localiza fora dos limites do tórax, com a ponta próxima a veia axilar, sendo indicado para casos de hidratação venosa por tempo prolongado. Nesta localização, não se deve ministrar soluções hiperosmolares, irritantes ou vesicantes.

Vale ressaltar que conforme indicação clínica: o PICC poderá ser utilizado como cateter de linha média, porém o cateter de linha média não poderá ser utilizado como PICC.

ESCOLHA DO CATETER
– Usar cateter com o calibre proporcional ao da veia selecionada e da terapia proposta;
– Dar preferência a cateter de lúmem único;

MATERIAL NECESSÁRIO
– Bandeja contendo material estéril: duas cubas redondas; 01 tesoura; 01 pinça anatômica pequena não serrilhada; 01 pinça pean, 02 campos simples, 01 campo fenestrado, aproximadamente 20 compressas de gaze (ou quantitativo maior, se necessário); 02 capotes manga longa; 02 compressas; 01 torniquete;
– Gorro, máscara, óculos e 03 pares de luvas estéreis;
– Clorexidina a 2% ou 4% aquosa;
– Clorexidina a 2% ou 4% ou PVP-I degermante a 10% com 1% de iodo livre;
– Solução salina a 0,9%;
– Seringa de 5 ml;
– Fita métrica não estéril;
– Cateter de calibre adequado (acompanhado de fita métrica, conjunto de agulha e introdutor estéreis);
– Curativo transparente;
>- Esparadrapo;

TÉCNICA DE INSERÇÃO
>Este procedimento é de responsabilidade técnica dos profissionais enfermeiros / médicos. Para a execução correta do mesmo é indispensável que estes profissionais tenham treinamento teórico-prático. Deve ser observada a técnica de barreira máxima: gorro, máscara, capote estéril, luvas estéreis, campos estéreis (com exceção do local de inserção).

Medidas prévias à inserção do PICC
– Comunicar ao setor de radiologia a necessidade de se realizar a radiografia imediatamente ao término do procedimento;
– Lavar as mãos;
– Avaliar as condições clínicas do paciente;
– Reunir/conferir os materiais necessários para a execução do procedimento (atentar para o calibre do cateter escolhido);
>- Posicionar o paciente em decúbito dorsal e colocar o membro selecionado para punção (preferencialmente MSD) em ângulo de 90º em relação ao tórax;
– Garrotar o membro escolhido para a punção;
– Realizar o exame físico dos vasos sangüíneos através da técnica de inspeção e palpação;
– Retirar o garrote após exame físico;
– Medir com a fita métrica: perímetro braquial; distância entre o possível ponto de punção e a articulação escápulo-umeral, deste ponto até a fúrcula esternal e em seguida até o 3º espaço intercostal, acrescentar ao valor mensurado, aproximadamente 3cm.

Procedimento de inserção do PICC
Para a realização deste procedimento o profissional que fará a punção deverá ser auxiliado por outro (s) profissional (is).
– Colocar gorro, máscara e óculos (todos os profissionais envolvidos no procedimento);
– Lavar as mãos com sabonete líquido comum;
– Abrir o material reunido previamente com técnica asséptica;
– Lavar as mãos com solução degermante;
– Calçar luvas estéreis;
– Com o paciente já posicionado em decúbito dorsal, e membro em ângulo de 90º, realizar anti-sepsia do sítio de inserção com solução desinfectante por no mínimo 3 minutos, retirar o excesso com solução salina a 0,9%;
– Retirar as luvas;
– Fazer anti-sepsia das mãos com solução desinfectante;
– Vestir a bata e calçar luvas estéreis;
– Posicionar os campos simples e fenestrados;
– Lubrificar o cateter com solução salina a 0,9%, preenchendo o lúmem através do injetor lateral. Para os cateteres que não possuam injetor lateral, sugere-se que sejam imersos em recipiente estéril, contendo solução salina a 0,9%.
– Medir o cateter com a fita métrica estéril, e cortá-lo de acordo com a medida realizada anteriormente no item 5.6.1;
– Posicionar o bisel da agulha para cima;
– Executar a punção introduzindo apenas o bisel da agulha (a).
– Introduzir aproximadamente 5cm do cateter lentamente na luz do vaso através da agulha ou cateter introdutor, com auxílio da pinça anatômica;
– Nunca retroceder o cateter estando à agulha ainda inserida, devido o risco de secção do cateter pelo bisel da agulha.
– Retirar a agulha ou o cateter introdutor da luz do vaso, pressionando a pele;
– Partir a agulha ou o cateter introdutor conforme orientação do fabricante;
– Retirar o fio guia (se houver);
– Avançar por completo o cateter utilizando a pinça auxiliar até alcançar a medida aferida previamente;
– Testar a permeabilidade do cateter, com solução salina a 0,9%;
– Manter infusão contínua de solução salina 0,9%, devido ao risco de obstrução do cateter;
– Retirar os campos;
– Realizar a limpeza do sítio de inserção com solução salina a 0,9%;
– Preparar gaze e fita adesiva (se não dispuser de curativo transparente) para fixação do cateter.
– Fixar o cateter da seguinte forma: colocar gaze no sítio de inserção sob e sobre o cateter; colocar sobre a gaze o curativo transparente (se houver) (b);
– Fixar a fita adesiva em chevron sobre o curativo transparente.
– Retirar a paramentação;
– Lavar as mãos com sabonete líquido comum;
– Encaminhar o paciente para realizar a radiografia, para confirmar a posição do cateter.

PERMEABILIZAÇÃO DO CATETER

DIÁRIA

– O volume e concentração das soluções utilizadas devem estar determinados na rotina/protocolo de utilização do cateter.
– Realizar flush de solução salina 0,9% ao término da infusão de medicamentos (principalmente: NPT,citostáticos, sangue,etc.) e também a cada turno de 08,12 ou 24 Hs (ficando a escolha, a critério da rotina pré-estabelecida);
– Heparina: 10U/ml

SEMANAL

– Deverá ser realizada de acordo com a rotina/protocolo pré-estabelecido.

AVALIAÇÃO DO SÍTIO DE PUNÇÃO
– Frequência: diária.

Técnica
– Aferir as circunferências dos membros. Um aumento nestes valores, quando comparadas às medidas entre o membro puncionado e o contra lateral ou em relação às medidas anteriores, indicará a suspeita de trombose ou extravasamento.

CURATIVO
– Primeira troca: deverá ser realizada sempre após 24 horas do procedimento.

Trocas subsequentes
– Curativo transparente ou convencional: deverá ser trocado, apenas em caso de sujidade, humidade ou desprendimento . Nas trocas subsequentes dos curativos transparentes não é necessária a utilização de gaze.

Fonte: Webartigos e medicinanet

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