Atualidade

OMS afirma que saberá em até oito semanas se zika vírus causa microcefalia e síndrome de Guillain-Barré

Vários estudos já estabeleceram essa relação, mas OMS espera ter confirmação em breve

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou nesta sexta-feira (12/02) que em quatro a oito semanas saberá se o zika vírus causa microcefalia e síndrome de Guillain-Barré, como suspeitam fortemente os cientistas.

Em uma coletiva de imprensa, a vice-diretora da OMS, a doutora Marie-Paule Kieny, explicou que os especialistas precisarão provavelmente de mais quatro a oito semanas para estabelecer o papel que o zika vírus desempenha no surgimento de microcefalia em bebês nascidos de mães infectadas e da síndrome neurológica de Guillain-Barré entre as pessoas picadas pelo mosquito portador do vírus.

Evidências ficam mais fortes
Em um estudo publicado nesta quinta-feira pela revista especializada New England Journal of Medicine, investigadores eslovenos afirmam ter identificado zika no tecido cerebral do feto de uma mulher que retornou no ano passado do Brasil, onde ela contraiu o vírus.

As descobertas dos pesquisadores eslovenos se apoiam em três meses de trabalhos efetuados a partir da autópsia do feto.

Este estudo destaca “uma presença significativa do vírus no tecido cerebral, na ausência de qualquer outra causa” de malformação, ressaltaram a Faculdade de Medicina e o hospital de Liubliana, em comunicado.

Transmitido por um mosquito e responsável por um grande surto na América Latina, o zika vírus é fortemente suspeito de causar graves malformações congênitas em fetos, incluindo a microcefalia – mas nenhuma evidência científica incontestável foi apresentada até agora.

Na quarta-feira, o Centro de Controle de Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos anunciou que o vírus foi encontrado nos cérebros de dois bebês que morreram de microcefalia no Brasil logo após o nascimento e de dois fetos, portadores da mesma condição. “Este relatório documenta a existência de uma ligação entre a infecção com o zika vírus e a microcefalia”, observou o CDC.

Em seu estudo, os pesquisadores eslovenos relatam uma “localização possível” do vírus nos neurônios. “Os danos ocasionados podem ter parado o desenvolvimento do córtex cerebral na idade embrionária de 20 semanas”, explicaram, embora reconhecendo que o mecanismo envolvido “ainda não está claro”.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) disse na semana passada que a explosão de casos de malformações é “uma emergência de saúde pública de alcance global”.

O Brasil é hoje o país mais afetado no mundo pela eclosão do zika, com mais de 1,5 milhões de pacientes, seguido pela Colômbia.

Atualmente não existe vacina nem tratamento contra o vírus, o que provoca uma grande mobilização do mundo científico.

Fonte: SaudePlena

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