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Assistência de enfermagem na Hemodiálise

Cuidar do paciente com distúrbio renal agudo ou crônico exige do Enfermeiro capacidade técnica baseada em conhecimento clínico, além disso, é imprescindível manter-se actualizado frente aos avanços tecnológicos da terapia de substituição renal que cada vez mais é aperfeiçoado para garantir a segurança do paciente. Diante deste cenário iremos abordar a assistência de enfermagem na hemodiálise.

Para darmos início vamos revisar os principais aspectos do sistema renal:

Fisiologia do sistema renal

Constituído por rins, ureteres, bexiga e uretra cuja função é extremamente importante para o adequado funcionamento do organismo. As principais funções são formação da urina, regulação da excreção de líquidos e produtos de degradação, equilíbrio hidroeletrolítico, pressão arterial e, além disso, auxilia na produção de eritrócitos, síntese de vitamina D e secreta prostaglandinas.
Em qualquer setor do ambiente hospitalar e na área de atenção primária nós profissionais da saúde iremos nos deparar com pacientes que apresentam alteração renal já diagnosticada ou não, por isso devemos ter conhecimento para conseguir captar dados clínicos que irão nos subsidiar na assistência de enfermagem.
Então a avaliação basicamente consiste em considerar fatores de risco, história de saúde, exame físico, exames laboratoriais, peso, sinais e sintomas característicos de distúrbio hidroeletrolítico (ex. edema pulmonar ou generalizado, crises hipertensivas, confusão, fadiga, etc.).

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Fisiopatologia da doença renal

Quando estas alterações são manifestadas pelos pacientes e diagnosticadas pelo médico, devemos considerar que a probabilidade dos rins deste paciente estarem funcionando em sua totalidade é pequena, esse processo evolui progressivamente para a falência renal, pois os rins não conseguem regular o balanço hídrico e não removem com eficácia os produtos de degradação. Com isso há necessidade de intervenção terapêutica sendo uma delas a hemodiálise.

O que é e qual sua função:

É uma terapia de substituição renal para casos agudos (ex. acidose, intoxicação de medicamentos) e crônicos (ex. DRC), o objetivo é filtrar o sangue e limpar removendo excesso de líquidos e sais. É realizada através de difusão, osmose e ultrafiltração através do sistema de hemodiálise (máquina, dialisador, linha arterial e venosa).

Dispositivos de acesso vascular

• Cateterismo central – inserção pelo médico em veia subclávia, jugular ou femoral, cateter de grande calibre e duplo lúmen.
• Fístula arteriovenosa (FAV) – geralmente no antebraço, para anastomosar artéria e veia. Para poder utiliza-lo o prazo é de aproximadamente 180 dias após a inserção para a dilatação do vaso.
• Enxerto arteriovenoso – indicado em casos especiais (ex. diabetes com complicação nos vasos sanguíneos).

Principais complicações
• Hipotensão
• Dispneia
• Arritmia cardíaca
• Cãibras musculares
• Hipertrigliceridemia
• Coagulação do circuito
• Embolia gasosa
• Extravasamento de sangue

Risco
• Insuficiência cardíaca e vascular periférica
• Angina
• Acidente vascular cerebral
Cuidados de enfermagem

Manutenção do dispositivo vascular – avaliar permeabilidade, precauções para não aferir pressão, coletas de sangue e administrar medicação no membro para a hemodiálise, avaliar frêmito a cada 8 horas, observar sinais de infecção e integridade do curativo.

Monitoramento – Durante a hemodiálise observar atentamente a função cardiovascular e respiratória, ocorrência de náuseas, vômitos e cãibras, rigoroso balanço hídrico. Quando em terapia intravenosa administrar lentamente a solução em bomba de infusão em acesso venoso em membro oposto ao da hemodiálise para prevenir risco de infecção e coagulação do circuito.

Educação em saúde – Explicar sobre a doença renal e o tratamento dialítico, orientar quanto à ingesta de proteínas, sódio, potássio e líquidos que devem ser regulados, estimular o autocuidado e aconselhamento em casos psicossociais (depressão, tentativa de suicídio e desespero).

Com estes dados o profissional de enfermagem consegue prestar com boa qualidade seu atendimento ao paciente dialítico e buscar cada vez mais o aprofundamento cientifico na ciência do cuidar.

Referencias 
SMELTZER, Suzanne C et al. Brunner & Suddarth: Tratado de enfermagem médico-cirúrgica. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014. 2338 p

NEFROLOGIA, Sociedade Brasileira de et al. Hemodiálise. 2016. Disponível em: <http://sbn.org.br/publico/tratatamentos/hemodialise/>. Acesso em: 27 fev. 2016

Fonte da imagem http://www.especialista24.com/hemodialise/

Fonte: Enfermagem Novidade

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