Saúde e bem-estar

Por dentro das artérias: Confira algumas inovações que vão revolucionar a medicina

Sistemas de diagnóstico remoto, robôs cirurgiões e câmeras intravenosas são algumas inovações que vão transformar a saúde no futuro próximo

A medicina é uma das áreas que mais se transformou com a tecnologia, e uma das avenidas mais promissoras para inovações que impactem de forma profunda a vida das pessoas. O ritmo do progresso é alto, com gadgets surgindo tanto para ajudar médicos quanto para dar aos pacientes uma visão muito mais detalhada do funcionamento de seus organismos.

Navegando pelas artérias
O entupimento de artérias devido a acúmulos de placas de gordura é um grande risco, especialmente considerando a epidemia global de obesidade e a farta oferta de comida com alto teor de gordura e baixo valor nutritivo. Um dos procedimentos mais importantes para salvar pacientes com uma obstrução é a aterectomia, no qual o médico usa um dispositivo para remover a placa de gordura das paredes do vaso sanguíneo.

Atualmente, os médicos contam apenas com raios-X e uma boa dose de intuição para se orientarem, mas um novo equipamento promete dar aos profissionais a capacidade de, pela primeira vez, enxergar os vasos por dentro.

O Pantheris, da empresa americana Avinger, conta com uma câmera embutida que transmite imagens em tempo real para os médicos, que podem remover a placa com menores riscos de danificar os vasos. A câmera do Pantheris capta imagens usando um procedimento conhecido como tomografia de coerência ótica, uma técnica similar ao ultrasom, mas que dispara feixes de luz e mapeia os tecidos no caminho com base na reflexão. Por isso, é também muito mais preciso.

 

Da Enterprise para a realidade

Criada por Gene Rodenberry nos anos 60, a franquia “Star Trek” é uma das obras de ficção científica mais aclamadas de todos os tempos, com um impressionante poder de prever o futuro da tecnologia. Um dos itens mais interessantes no arsenal da USS Enterprise, nave de exploração que servia de cenário principal para as aventuras, era o Tricoder, um pequeno dispositivo capaz de scanear e avaliar dados, incluindo uma versão médica que, de forma não invasiva e remota, diagnosticava infecções, substâncias tóxicas e outros agentes prejudiciais aos tripulantes. Dr. Pete Diamandis, CEO da XPrize, empresa especializada em inovação, quer tirar esses gadgets da tela e levá-los para o mundo real. Diamandis está oferecendo um prêmio para a primeira equipe que conseguir desenvolver um protótipo funcional e acredita que verá os resultados nos próximos três anos.

A ideia do Tricorder é apenas o primeiro passo para um futuro no qual a medicina fica cada vez menos nas mãos dos médicos e cada vez mais à cargo de máquinas. “É uma questão de fornecer dados aos computadores”, explicou Diamandis ao Guardian. “Uma vez que tenha essas informações, eles são capazes de considerar milhares ou milhões de parâmetros a mais que um humano pode armazenar em sua cabeça”.

Tecnologias latinas
O Brasil também vem se destacando na área da inovação para diagnósticos. A biomédica Deborah Zanforlin desenvolveu um chip que consegue detectar 18 tipos de câncer por meio de exames de sangue, antes mesmo da doença se manifestar em tomografias e raios-X, por exemplo. O resultado do exame sai em 15 minutos e é processado em um equipamento do tamanho de um laptop, o que pode ser vital em pequenos laboratórios localizados em áreas carentes.

O México, por outro lado, está investindo na biomedicina. O médico Jorge Cueto Garcia, pioneiro em procedimentos complexos como a laparoscopia no país, desenvolveu um fármaco derivado de uma planta que está sendo considerado um dos tratamentos mais avançados para a úlcera varicosa, uma condição que afeta diabéticos e pode causa a amputação dos membros inferiores. A pesquisa, realizada desde o início no México, foi desenvolvido pelo Centro de Investigação da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade Anáhuac.

O país também está na vanguarda da medicina matemática, uma área que busca estudar fenômenos biológicos ou de saúde com base em modelos matemáticos. “A ideia é criar um conhecimento básico e as ferramentas que permitam compreender de um ponto de vista abstrato, matematicamente, a forma que evoluem os tumores, mas também a forma que certas terapias, por meio de agentes químicos, podem ter um impacto em determinados tipos de câncer”, explicou Julio César Rolón Garrido, subdiretor acadêmico do Centro de Investigação e Desenvolvimento de Tecnologia Digital (Citedi) ao Conacyt.

 

Robôs cirurgiões
Essa inovação não se restringe a softwares de diagnóstico, mas também a robôs cada vez mais capacitados. O sistema DaVinci, criado pela Intuitive Surgical, já está em atividade e permite que cirurgiões controlem uma série de braços robóticos ultra precisos, que realizam cirurgias com incisões menores e podem rotacionar os instrumentos em ângulos muito mais amplos que os pulsos humanos. A tendência é que, eventualmente, os robôs façam o trabalho sozinhos, sem a necessidade de um cirurgião pilotando o equipamento.

Além de maior precisão nos diagnósticos e procedimentos cirúrgicos, a automatização da saúde também serve para atender a um problema extremamente pragmático: A disparidade entre o número de médicos formados e a quantidade de médicos necessários para atender às demandas de uma população com expectativa de vida cada vez maior. Apenas nos EUA, especialistas preveem um déficit de mais de 91 mil médicos até 2020, um número até melhor que em outras áreas do mundo, com situações muito mais críticas, como a África, um continente com 12% da população mundial, mas que carrega o fardo de 25% das doenças do mundo e conta apenas com 1,3% dos profissionais de saúde.

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O diagnóstico no dia a dia
O futuro da medicina passa por sistemas cada vez mais avançados de diagnóstico e procedimentos progressivamente mais automatizados e precisos, mas uma grande revolução do século XXI está na tela dos smartphones, com aplicativos que permitem contagem de calorias, recomendações de dietas, rotinas de exercícios e até mesmo o controle do índice glicêmico. A tendência é que as novas gerações estejam cada vez mais antenadas na própria saúde, revolucionando a medicina preventiva e a disponibilidade de informações médicas ao alcance dos profissionais de saúde. Os robôs podem tomar as salas de cirurgia e os saguões dos hospitais, mas a medicina do amanhã vai ser muito mais pessoal, informada e voltada para o corpo como um todo, não apenas o tratamento de áreas isoladas.

Fonte: IQ.Intel

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