DOAR MEDULA ÓSSEA?… VÁ LÁ! NÃO CUSTA NADA!
Maria Luís era o seu nome; mas poderia ser um outro qualquer. Tinha apenas cinco anos, mas poderia ter mais; ou ter menos. O que interessa, é que era uma criança. E, inequivocamente, era uma criança especial, cuja imagem correu o mundo num ápice, por via da sua mensagem, embutida num cartaz que segurava entre as mãos, e que dizia:
“SEJAM DADORES DE MEDULA ÓSSEA E DEIXEM-SE MAS É DE TRETAS!”
Junto com a imagem havia uma pequena carta, sugestionando ser a pequena Maria Luís, a sua autora. Dizia assim:
“Olá! Tenho cinco anos e uma LMA – Leucemia Mielóide Aguda. Aguardo um transplante de dador compatível.
Estou farta de quimioterapia, queda de cabelo, febres altas, comichões insuportáveis; do corpo inchado, enjoos, vómitos, diarreia; de comer por um saquinho que corre para a veia, ou por um tubinho para o estômago, por causa das aftas; de noites muito mal dormidas; de picadas e das dores que não me largam.
Tenho saudades do colinho e dos miminhos dos meus papás, de rir a sério, de brincar, correr, saltar; de comer e de dormir bem.
Sei que já estive mais longe, porque você vai ajudar-me a viver! Não vai?
O quê? Dói-lhe ser dador de medula óssea?
Então eu troco de lugar consigo. Aceita?
Beijinhos.
Malu”.
No final do post havia ainda um link que encaminhava para a página da APCL – Associação Portuguesa contra a Leucemia -, e a indicação do nº 760207080, como referência solidária para contacto.
Redes sociais e corações solidários tiveram o seu benemérito na partilha do post, pelo que não tardou surgir um tão almejado dador compatível.
Malu, com o seu olhar meigo, azul celestial, e, apesar de tudo, sempre com um sorriso único, de esperança, venceu o cancro.
Valeram-lha a sua coragem e vontade de viver. Parabéns princesa!
(História baseada em caso verídico)
© Paula Pedro
Fonte: Pamarepe
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