Asma: comprimido poderá ajudar a reduzir sintomas
Um novo fármaco para a asma conseguiu reduzir de forma significativa a severidade da doença, revela um estudo levado a cabo por cientistas ingleses e publicado no “The Lancet Respiratory Medicine”.
A investigação, conduzida pela Universidade de Leicester, é descrita pelo líder da mesma, Chris Brightling, como algo revolucionário para o tratamento futuro da asma.
A asma é uma doença prolongada que afeta as vias respiratórias. Quando um indivíduo com asma entra em contacto com algo que irrita as suas vias aéreas sensíveis, o organismo reage de várias formas, incluindo através de pieira, tosse e pode dificultar a respiração.
O fármaco testado, Fevipiprant (QAW039), reduziu de forma significativa os sintomas da asma, melhorou a função pulmonar, reduziu a inflamação e reparou o revestimento das vias aéreas. De acordo com o comunicado da instituição inglesa, o fármaco encontra-se a ser testado em ensaios clínicos finais para avaliar a sua eficácia em pacientes com asma grave.
Um total de 61 indivíduos participaram neste estudo. Um grupo recebeu 225 mg do fármaco duas vezes por dia durante 12 semanas, enquanto os restantes receberam um placebo. Tanto o Fevipiprant como o placebo foram adicionados à medicação que os participantes se encontravam a tomar na altura.
O estudo teve como objetivo principal avaliar os efeitos do medicamento na inflamação das vias aéreas através da medição da contagem de eosinófilos na expetoração. Esta análise é normalmente usada para avaliar a gravidade da condição. Pessoas sem asma possuem uma contagem inferior a um por cento, enquanto aqueles com asma moderada a grave apresentam uma contagem de cerca de cinco por cento.
De acordo com os achados do estudo, a toma do Fevipiprant reduziu a contagem de eosinófilos na expetoração em participantes com asma moderada a grave, em média, de 5,4% para 1,1% ao longo de 12 semanas.
“Já sabemos que utilizar tratamentos que têm como alvo a inflamação eosinófílica das vias aéreas pode reduzir de forma substancial os ataques de asma”, declarou Brightling, em declarações reproduzidas em comunicado da investigação. “Este novo tratamento, Fevipiprant, foi igualmente capaz de impedir ataques de asma evitáveis, reduzir o número de admissões hospitalares e de melhorar os sintomas diários da doença” acrescentou.
Fonte: Banco da Saúde
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