Saúde e bem-estar

Cistite: nova alternativa de tratamento?

Investigadores dinamarqueses identificaram como a bactéria responsável pela cistite causa esta doença que, apesar de ser bastante comum, ainda constitui um mistério para a comunidade científica, dá conta um estudo publicado na revista “mBio”.

A maioria das mulheres já teve uma infeção urinária, caracterizada por uma urgência frequente em urinar, e algumas desenvolvem cistites repetidas. No caso da infeção ser causada por uma bactéria, os médicos prescrevem um antibiótico. No entanto, estas bactérias conseguem sobreviver ao tratamento e causar nova infeção.

Neste estudo, os investigadores da Universidade do Sul da Dinamarca desenvolveram um modelo que permitiu a observação e análise sistemática, detalhada e faseada da invasão da parede da bexiga pelas bactérias. Os resultados obtidos poderão conduzir a métodos de tratamento completamente novos e radicalmente diferentes dos utilizados até à data.

A cistite é geralmente causada pela bactéria Escherichia coli ( E. coli) que é capaz de invadir as células do trato urinário. As bactérias agarram-se ao interior da bexiga e proliferam. Como resposta, a bexiga rejeita a camada exterior das células e, deste modo, elimina muitas das bactérias na urina.

Contudo, algumas estirpes de E. coli conseguem evitar de serem expelidas, alteram a sua forma e tornam-se extremamente longas. Este processo, conhecido por filamentação, melhora a sua capacidade de se agarrarem à parede da bexiga e, assim, evitam de serem expelidas. É nesta fase que as bactérias conseguem disseminar-se e destruir as células da bexiga. Por último, as bactérias atingem a camada inferior das células na qual penetram e param de se dividir. Nesta fase, nem os antibióticos nem o sistema imunológico é capaz de atingir a bactéria.

Através da construção de um modelo de bexiga artificial, os investigadores analisaram e estudaram as bactérias durante as várias fases do processo de infeção, tendo descoberto o mecanismo responsável pelo processo de filamentação.

Após terem desativado este mecanismo, os investigadores verificaram que as bactérias deixaram de conseguir causar uma infeção robusta e a sua capacidade de penetrar nas camadas mais internas da bexiga diminuiu bastante.

Thomas Emil Andersen, um dos autores do estudo, conclui que estes achados podem dar origem a novas estratégias de tratamento para impedir as infeções do trato urinário problemáticas e recorrentes.

Referências

Estudo publicado na revista “mBio”

Fonte: Univadis

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