Saúde e bem-estar

Linfoma não-Hodgkin: imunoterapia mostra-se promissora

As células imunitárias modificadas parecem ser capazes de erradicar o linfoma não-Hodgkin quando conjugadas com uma quimioterapia eficaz, sugere um estudo publicado na revista “Science Translational Medicine”.

Neste tipo de terapia, um tipo de leucócitos, conhecidos por linfócitos T, são removidos da corrente sanguínea e geneticamente modificados de forma a serem capazes de atacar os linfócitos B cancerígenos. Habitualmente, o linfoma não-Hodgkin surge nos linfócitos B, um outro tipo de leucócitos que estão envolvidos na produção de anticorpos.

Neste estudo, os investigadores do Centro de Investigação Oncológica Fred Hutchinson, nos EUA, focaram-se em dois tipos de linfócitos T: os linfócitos T auxiliares CD4 e os linfócitos T citotóxicos CD8. Enquanto os linfócitos T CD4 coordenam e regulam a resposta imunológica, os linfócitos T CD8 atacam e destroem diretamente as células tumorais.

Em tentativas anteriores, os investigadores recolheram o máximo de linfócitos T possível de um paciente e posteriormente modificaram-nos geneticamente antes de os reintroduzir no organismo. Neste estudo, os investigadores, liderados por Cameron Turtle, decidiram adotar uma abordagem diferente, tendo controlado a proporção das células CD4 e CD8.

Os investigadores verificaram que um terço dos 32 pacientes tratados com a mistura (numa proporção 1:1) de linfócitos T modificados entraram em remissão completa. Adicionalmente, observou-se que dez dos 20 pacientes que foram pré-tratados com quimioterápicos, que ajudam os linfócitos T a multiplicarem-se mais e a sobreviverem durante mais tempo, entraram em remissão completa.

Os pacientes que são alvo deste tipo de imunoterapia enfrentam dois tipos de efeitos secundários graves: uma resposta inflamatória sistémica grave que causa febres elevadas ou podem sofrer de problemas neurológicos que resultam em tremores, perturbações na fala e outros sintomas.

Neste ensaio clínico, os investigadores acreditam também ter encontrado um conjunto de biomarcadores sanguíneos que indicam se um paciente é mais propenso a desenvolver este tipo de efeitos secundários. Estes marcadores podem assim ser utilizados para modificar a dose de linfócitos administrada aos pacientes.

“Este é um avanço fantástico. Tem sido difícil obter grandes progressos no linfoma, especialmente no linfoma não-Hodgkin”, concluiu Susanna Greer, diretora de investigação clínica e imunologia da Sociedade Americana do Cancro.

Fonte: Univadis

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