Saúde e bem-estar

NOVAS DIRETRIZES PARA O TRATAMENTO DE PNEUMONIA HOSPITALAR E PAV

Novas diretrizes que oferecem recomendações baseadas em evidências para a prevenção, diagnóstico e tratamento de pneumonia foram publicadas pela Infectious Diseases Society of America (IDSA) e American Thoracic Society na edição de julho do periódico Clinical Infectious Diseases. As últimas recomendações sobre pneumonia hospitalar e pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV) foram publicadas em 2005 e, desde então, novos estudos trouxeram conhecimentos adicionais sobre o diagnóstico e tratamento dessas patologias. Além disso, nos 11 anos que se passaram desde a publicação dessas diretrizes, foram registrados vários avanços na metodologia de diretrizes baseadas em evidências.

Essas diretrizes são destinadas para uso por profissionais de saúde que cuidam de pacientes com risco de pneumonia hospitalar e pneumonia associada à ventilação mecânica. Os principais pontos dessa atualização são:

  • Remoção do conceito de pneumonia associada ao cuidado de saúde (HCAP).
  • Recomendação de que cada hospital gere antibiogramas para orientar os profissionais de saúde no que diz respeito à escolha de antibióticos.
  • Antibioticoterapia de curta duração para a maioria dos pacientes com pneumonia hospitalar e pneumonia associada à ventilação mecânica, independentemente da etiologia microbiana.
  • Uso de antibióticos de espectro restrito no lugar de substâncias de amplo espectro.
  • Iniciar o tratamento com monoterapia, ao invés de já associar medicamentos.
  • Uso dos níveis de procalcitonina para orientar a suspensão da antibioticoterapia, ao invés de se basear apenas nos critérios clínicos.

O índice de mortalidade por todas as causas relacionada à pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV) varia de 20% a 25%, sendo uma das infecções hospitalares mais comuns, com taxa de incidência de 22%. Cerca de 10% a 15% desses casos evoluem para óbito. Aproximadamente 1 a cada 10 pacientes em ventilação mecânica desenvolvem pneumonia associada à ventilação mecânica e 13% das infecções são fatais.

Não há evidências que períodos mais longos de antibioterapia tenham mais benefício que os esquemas de menor duração. O tratamento mais prolongado está associado a mais efeitos adversos, como diarreia, aumento dos custos médicos e do risco de resistência aos antimicrobianos.

O artigo pode ser lido na íntegra (em Inglês), gratuitamente, clicando aqui.


Referência: Kalil, Andre C et al. Management of Adults With Hospital-acquired and Ventilator-associated Pneumonia: 2016 Clinical Practice Guidelines by the Infectious Diseases Society of America and the American Thoracic SocietyClin Infect Dis. first published online July 14, 2016 doi:10.1093/cid/ciw353

 

Conteúdo adaptado de Blog PEBMED.

Fonte: Sala de Enfermagem

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Italo Leite

Enfermeiro em Terapia Intensiva e Emergência, mestrando em Nefrologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, proprietário do Blog Sala de Enfermagem.

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