Saúde e bem-estar

Mel tem ação antibacteriana

O mel , mesmo a concentrações baixas, pode inibir a atividade e o crescimento de biofilmes bacterianos, camadas finas mas resilientes de microrganismos que se acumulam e aderem a qualquer superfície, incluindo os plásticos, dá conta um estudo publicado no “Journal of Clinical Pathology”.

Anualmente vendem-se cerca de 100 milhões de cateteres em todo o mundo, os quais são utilizados para drenar a bexiga de urina. Um quarto dos pacientes internados têm de utilizar cateteres, mas o seu uso prolongado está associado a complicações frequentes, como a inflamação e a infeção.

Na verdade, a utilização de mel como um medicamento remonta há vários séculos. Alguns estudos recentes têm sugerido que este alimento tem propriedades antibacterianas e anti-inflamatórias.

Neste estudo, os investigadores da Universidade de Southampton, no Reino Unido, demonstraram que o mel diluído pode ser, de facto, utilizado para reduzir a formação de biofilme em dispositivos de plástico, como os cateteres urinários.

De forma a averiguar se o mel era capaz de interferir com o desenvolvimento de biofilmes, os investigadores cultivaram Escherichia coli e Proteus mirabilis em placas de plástico laboratoriais. Estas duas bactérias são responsáveis pela maioria das infeções urinárias associadas à utilização prolongada de cateteres.

Na primeira parte da experiência as bactérias e o mel foram colocadas simultaneamente nas placas. Foram utilizadas cinco concentrações de mel, que variaram entre 3,3% a 16,7%. Posteriormente as placas foram incubadas ao longo de 24, 48 e 72 horas de forma a averiguar se o mel tinha conseguido restringir o crescimento bacteriano. Numa segunda experiência o mel foi apenas colocado 24 horas após as bactérias. A placa foi incubada quatro ou 24 horas.

O estudo apurou que o mel de Manuka conseguiu inibir a adesão e, consequentemente, o desenvolvimento do biofilme. Mesmo na diluição mais baixa (3,3%), a adesão diminuiu cerca de 35% após 48 horas, comparativamente com as placas que tinham mel comum e artificial.

Os investigadores verificaram que o efeito maior foi observado após três dias e na diluição de 16,7%, tendo-se obtido uma redução da adesão de 77%. Todas as diluições utilizadas diminuíram a adesão das bactérias em cerca de 70% após três dias.

Bashir Lwaleed, líder do estudo, refere que as taxas de infeção dos cateteres podem representar uma grande proporção de infeções adquiridas no hospital. Deste modo, esperam que estes resultados possam fornecer uma forma alternativa de impedir estas infeções.

O investigador acredita que os pacientes também podem beneficiar das propriedades anti-inflamatórias do mel, que são geralmente mais fortes no mel escuro, como é o caso do Manuka. Por outro lado, a resistência antibacteriana não é um fator que se coloca na utilização do mel.

Fonte: Banco da Saúde

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