Clima organizacional/social influencia gestão emocional dos enfermeiros?

“A gestão emocional tem consequências organizacionais e individuais positivas ou negativas, como, por exemplo, a satisfação e bem-estar do doente ou a exaustão do enfermeiro. Um clima organizacional/social apropriado conduz a uma gestão emocional favorável à organização e ao indivíduo. Assim, queremos perceber qual a perceção dos enfermeiros relativamente ao seu clima organizacional e como estes gerem as suas emoções no trabalho”, conta a investigadora ao Jornal Enfermeiro.

Questionada sobre o porquê da escolha deste tema, visto não ter qualquer ligação à enfermagem e a sua área de formação ser o marketing, Joana Dias explica que “este tema surgiu do [seu] interesse pelo marketing de serviços. Os serviços de saúde têm um carácter muito especial dada a proximidade, frequência e intensidade das relações entre funcionários (profissionais de saúde) e clientes (doentes), sendo, portanto, um tipo de serviço que exige uma especial preocupação e dedicação nas interações com os clientes/doentes”.

O inquérito está online até à próxima semana e a investigadora espera uma grande participação por parte dos profissionais de enfermagem, por considerar que “é um estudo também interessante para os próprios enfermeiros, uma vez que em termos práticos será possível perceber em que condições do ambiente organizacional/social da instituição de saúde onde trabalham os enfermeiros tendem a expressar ou a suprimir as suas emoções, quando interagem com os doentes. É sabido que a gestão emocional faz parte do dia-a-dia dos enfermeiros que estão “sujeitos” a lidar com emoções diversas, que conduz habitualmente à exaustão dos enfermeiros”.

Este estudo insere-se no âmbito do doutoramento em Gestão que a investigadora está a realizar na Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa e é orientado pelo professor Dr. Miguel Pina. Os resultados serão, depois, “publicados, de forma anónima, num artigo científico a submeter num jornal científico internacional”, avança Joana Dias.

Fonte: Jornal Enfermeiro