Mistura de álcool com bebidas energéticas: os riscos
Um estudo demonstrou que o consumo de misturas de bebidas alcoólicas e bebidas energéticas faz aumentar o risco de lesões.
O estudo conduzido por investigadores da Universidade de Victoria, Canadá, consistiu numa revisão de artigos saídos em revistas científicas dedicados ao tema das bebidas alcoólicas e bebidas energéticas, publicados ao longo de 35 anos, até 2016.
A equipa identificou 13 artigos, dos quais 10 demonstraram evidência de uma associação entre o consumo de misturas de álcool com bebidas energéticas e um maior risco de lesões em comparação com o consumo de bebidas alcoólicas apenas.
As lesões foram classificadas como sendo não-intencionais, como acidentes com veículos motorizados e quedas, e intencionais como lutas e outras formas de violência física.
A autora do estudo, Audra Roemer, adiantou que “os efeitos estimulantes da cafeína mascaram os efeitos dos resultados na maioria das pessoas quando bebem [bebidas alcoólicas]”.
A investigadora explicou ainda que “normalmente quando se bebe [bebidas alcoólicas], ficamos cansados e queremos ir para casa. As bebidas energéticas mascaram isso, sendo que as pessoas não se apercebem do quão alcoolizadas ficam, acabam por ficar até mais tarde, consomem mais álcool e adotam comportamentos arriscados…”.
Três dos estudos eram dedicados a determinar se as tendências de correr riscos ou de procurar sensações desempenhavam um papel nas lesões associadas ao consumo de bebidas alcoólicas misturadas com bebidas energéticas.
“Sabemos que esses são fatores de risco para lesões relacionadas com bebidas alcoólicas e alguns estudos sugeriram que pessoas com esses traços poderão preferir o estado de alcoolizado desperto em que se fica quando se mistura álcool e bebidas energéticas”, disse Audra Roemer. “Este pode ser um grupo populacional que corre um risco ainda maior de sofrer lesões”, continuou.
A equipa não conseguiu determinar estatisticamente a extensão do risco associado ao uso de misturas de bebidas alcoólicas com bebidas energéticas e por isso considera que são necessários mais estudos para confirmar os presentes achados.
Fonte: Univadis
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