«A pneumonia mata», alerta o Movimento Doentes pela Vacinação (MDPV), lançado no dia 26 de abril, no âmbito da Semana Europeia da Vacinação, e que tem como objetivo divulgar recomendações, estatutos e direitos, e sensibilizar a população, profissionais de saúde e governantes para este problema.
O Movimento integra a Associação Respira, a Fundação Portuguesa do Pulmão e o GRESP – Grupo de Estudos de Doenças Respiratórias da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, esperando vir a agregar outras associações, sociedades científicas e população em geral, com a finalidade comum de «alertar, informar e orientar todos os interessados sobre o tema», sublinha um comunicado à Imprensa.
Segundo dados do MDPV, embora a vacinação seja recomendada pela Direção-geral da Saúde a grupos de adultos com risco acrescido de contrair pneumonia, «ainda são poucos os que estão imunizados com a vacina antipneumocócica», considerando que «mais do que uma questão de acesso, as baixas taxas de imunização na idade adulta prendem-se, sobretudo, com a falta informação ou de prescrição».
De acordo com um estudo recente, 9 em cada 10 adultos com mais de 50 anos não estão vacinados contra a pneumonia.
Esse mesmo estudo indica que a falta de indicação médica é a principal razão para que estes adultos ainda não estejam imunizados. Isso apesar de existir, desde 2015, uma Norma da Direção-Geral da Saúde que recomenda a vacinação de grupos de adultos com risco acrescido de contrair doença invasiva pneumocócica (DIP).
«É necessário dotar a população e os profissionais de saúde de consciência sobre o problema, e para isso, nada como ir ao seu encontro. Começaremos pelas Juntas de Freguesia, pelos Centros de Dia, pelos Lares e outros locais que frequentam», explica Isabel Saraiva, vice-presidente da Respira e fundadora do MDPV.
«Queremos consciencializar estas pessoas dos riscos que correm. No fundo, queremos que ponham a vacinação na equação, explicar que a vacinação é um direito e que a partilha de informação sobre recomendações, aconselhamento e direitos é uma obrigação dos profissionais de saúde», acrescenta a responsável.
Fonte: Univadis
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