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Médicos substituem enfermeiros obstetras nos blocos de parto

Protesto organizado pelo movimento Eesmo, iniciado esta segunda-feira, não tem fim à vista e irá mobilizar maioria dos profissionais até que o Ministério da Saúde remunere os enfermeiros como especialistas em Saúde Materna e não como prestadores de serviços gerais. Parturientes de Guimarães transferidas para o Porto e as de Gaia/Espinho para Coimbra

Do norte e sul do país a maioria dos 2000 enfermeiros especialistas em Saúde Materna e Obstetrícia vai manter a recusa em prestar serviços diferenciados enquanto o Ministério da Saúde não reconhecer aos profissionais em causa o seu estatuto de trabalhadores especializados e remuneração compatível. Bruno Reis, um dos líderes do movimento de protesto, afirmou ao Expresso que as carreiras dos profissionais especializados estão congeladas há 10 anos, auferindo os enfermeiros o mesmo que os enfermeiros iniciados prestadores de cuidados comuns.

“Não estamos em greve ou em paralisação, simplesmente vamos prestar cuidados de saúde gerais, o serviço para que afinal estamos contratados”, refere o responsável pelo movimento na região centro. Embora não saiba quantos enfermeiros deram início hoje à recusa de trabalho especializado, Bruno Reis avança que se trata da esmagadora maioria, uma vez que apenas “uma percentagem mínima, de 15% a 20%” dos enfermeiros especialistas no ativo foi contratada de acordo com o seu estatuto.

“Um enfermeiro de cuidados gerais recebe 1.200 euros de ordenado bruto e devia ganhar mais cerca de 900 ilíquidos, Ou seja, o ministério não pode alegar que estamos a recusar exercer as nossas funções ou a incorrer em ações disciplinares, quando desempenhamos, e vamos continuar a desempenhar, os serviços pelos quais somos remunerados”, refere ainda.

No primeiro dia de protesto, os Hospitais mais afetados são os da Amadora-Sintra, Setúbal, Guimarães, Aveiro, Vila Nova de Gaia/Espinho e Évora, estabelecimentos de saúde que “estão a funcionar com apenas um enfermeiro especialista por equipa ou sem nenhum, casos em que os blocos de partos estão a ser assegurados por médicos”.

Segundo Bruno Reis, o constrangimento nas equipas afetas aos blocos de partos e obstetrícia já levou o Hospital de Guimarães a transferir parturientes para o Centro Materno-Infantil do Porto, enquanto estão previstas a mudança das pacientes de Gaia/Espinho para os hospitais e maternidades de Coimbra,  sempre que os blocos garantem dotações de serviços seguros”.

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Fonte
Expresso

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