Maior consumo de café associado a menor risco de mortalidade

O consumo mais elevado de café está associado a um menor risco de morte, indicou um novo estudo.

O estudo, de natureza observacional, foi conduzido por uma equipa de investigadores da Universidade de Navarra, Espanha, e contou com 19.896 participantes.

“O café é uma das bebidas mais consumidas no mundo”, disse Adela Navarro, cardiologista no Hospital de Navarra em Espanha.

“Estudos anteriores sugeriram que beber café poderá estar inversamente associado com a mortalidade por todas as causas, mas isto não foi investigado num país mediterrânico”, acrescentou.

Para o estudo, que pretendia verificar aquela associação numa coorte de média idade, os investigadores contaram com participantes do projeto SUN (“Seguimiento Universidad de Navarra”, no seu original em castelhano), um estudo de coorte de longo prazo que iniciou em 1999.

No início do projeto, os 19.896 participantes perfaziam uma média de idades de 37,7 anos. Os participantes completaram questionários sobre a frequência do consumo de alimentos para recolher informação sobre o consumo de café, estilo de vida e características sociodemográficas, histórico de saúde e outros dados.

Os participantes foram seguidos durante uma média de 10 anos. Durante o período de observação, morreram 227 participantes. A equipa observou que os participantes que consumiam pelo menos quatro chávenas de café por dia apresentavam um risco 64% inferior de mortalidade por todas as causas em relação aos que nunca ou quase nunca consumiam café.

Verificou-se um risco 22% menor de mortalidade por todas as causas por cada duas chávenas adicionais diárias de café consumidas.

Nos participantes que tinham pelo menos 45 anos, o consumo de duas chávenas de café adicionais por dia foi associado a um risco 30% menor de mortalidade durante o período de acompanhamento. Esta associação não foi significativa nos participantes mais jovens.

“Os nossos achados sugerem que beber quarto chávenas de café por dia poderá ser parte de uma dieta saudável em pessoas saudáveis”, concluiu Adela Navarro.