Decretada nova Greve dos Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica
Depois de desenvolvidos todos os esforços para que se retomassem as negociações com o Ministério da Saúde, sem êxito, o Sindicato dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica (STSS) decretou uma nova greve.
Assim, os serviços de diagnóstico e terapêutica irão paralisar nos dias 12 e 13 de outubro e, caso tudo se mantenha na mesma, a partir do dia 19 de outubro por tempo indeterminado.
Após uma greve por tempo indeterminado, que terminou com a publicação das Novas carreiras dos técnicos superiores das áreas de diagnóstico e terapêutica, o STSS faz um balanço profundamente negativo de todo o processo negocial.
“Esta greve será a expressão da nossa mais profunda revolta contra o tratamento discriminatório
a que estamos sujeitos há quase duas décadas” afirma Almerindo Rego, Presidente do STSS.
O FIO PARTIU-SE… DECRETADA NOVA GREVE DOS TÉCNICOS DE DIAGNÓSTICO E TERAPÊUTICA
12 e 13 de outubro e a partir de 19 de outubro por tempo indeterminado
MINISTÉRIO DA SAÚDE DESRESPEITA OS TSDTs ENQUANTO PROFISSIONAIS DE SAÚDE ALTAMENTE QUALIFICADOS
O Sindicato apresenta sete razões que tornaram inevitável a greve, pois, o Ministério da Saúde em vez de corrigir as assimetrias constituídas, agrava as desigualdades existentes, pois, embora tenham sido publicadas as novas carreiras, sem a negociação de transições e diversas outras matérias, é como ter chapéus sem cabeças para os colocar.
1 – Em novembro de 2016, aquando da assinatura do acordo que deu origem às atuais carreiras, ficou estabelecido que a negociação das restantes matérias se faria no segundo semestre de 2017.
2 – Quando se adivinhava a última greve que fizemos, o Secretário de Estado da Saúde apressou-se a apresentar-nos um compromisso negocial, do qual constavam algumas das matérias mais urgentes para a negociação, cujo calendário negocial deveria estar concluído até final de setembro.
3 – O acordo negocial firmado sobre os diplomas de carreira foi violado em reunião de Conselho de Ministros, diminuindo a quota de 30% de lugares de topo de carreira para 15% e, com isto afetando a expectativa natural de progressão dos colegas que viessem a ser colocados nas categorias inferiores.
4 – O Ministério da Saúde continua sem corrigir a assimetria constituída com o tratamento de favor dos nutricionistas que, com uma formação igual à dos TSDTs, reconhecida na absorção dos dietistas através de mero processo administrativo, continua a remunerar estes colegas com mais 600 euros que os TSDTs.
5 – O Ministério da Saúde continua a impor-nos uma carreira de TSS, na qual se integram muitas centenas de indivíduos que exercem nas nossas áreas de intervenção, sem qualificação adequada, sem título profissional e com uma remuneração de base de carreira superior em 600 euros.
6 – O Ministério da Saúde continua sem corrigir as assimetrias profundas das carreiras na saúde, agravando as desigualdades.
7 – O Ministério da Saúde ao não cumprir os acordos de novembro de 2016 e junho de 2017, nomeadamente em matérias que não têm incidência financeira no Orçamento de Estado, está a desrespeitar-nos enquanto profissionais de saúde altamente qualificados.
Vice-Presidente do Sindicato
Luís Dupont
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