Médicos marcam paralisações regionais e nova greve nacional
Afinal, o acordo com os médicos que o ministro da Saúde disse estar perto de conseguir, não foi avante. Os clínicos vão mesmo paralisar nos dias 11, 18 e 25 de outubro no Norte, Centro e Sul, respetivamente, e no dia 8 de novembro fazem mais um dia de greve nacional.
As datas foram anunciadas esta sexta-feira pelo Sindicato Independente dos Médicos (SIM) e pela Federação Nacional dos Médicos (Fnam) após reunião com o Governo.
Num comunicado conjunto as duas estruturas sindicais alegam que a delegação governamental «aceitou somente reduzir o limite anual do trabalho suplementar obrigatório para os valores que todos os outros sectores profissionais sempre praticaram e que os médicos são a exceção», continuando a situação negocial das outras matérias «bloqueada devido à intransigência governamental, mesmo perante a disponibilidade dos sindicatos médicos em aceitarem o faseamento das soluções até ao final da legislatura».
Recorde-se que em causa está também a redução do período normal de trabalho em serviço de urgência de 18 para 12 horas semanais e a redução das listas de utentes dos Médicos de Família de 1900 para 1550 utentes.
Apesar de a delegação governamental se ter comprometido a enviar novo documento negocial até ao dia 27 de setembro, os sindicatos consideram que «não é possível aceitar os mesmos procedimentos políticos que têm perdurado desde há cerca de um ano e meio, ou seja, de adiamento em adiamento até ao confronto final».
«Mais uma vez o Poder político está a empurrar os médicos para uma greve, pretendendo aproveitá-la politicamente para se vitimizar aos olhos dos cidadãos», alegam os sindicatos no comunicado.
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