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Armazenamento de material clínico de bolso pelos enfermeiros nem sempre respeita boas práticas

Um investigador da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) concluiu que o armazenamento de material clínico de bolso pelos enfermeiros nem sempre respeita boas práticas, foi hoje anunciado.

A dissertação de mestrado defendida na ESEnfC, com o título “Gestão de Material Clínico de Bolso por Enfermeiros: Fatores Determinantes e Avaliação Microbiológica”, alerta ainda “para a necessidade de uma gestão mais eficiente e segura do material clínico de bolso utilizado pelos enfermeiros”.

A ESEnfC explica em comunicado hoje enviado à agência Lusa que o estudo foi desenvolvido pelo bolseiro de investigação e enfermeiro Paulo Costa e recentemente divulgado na European Scientific Conference on Applied Infectious Disease Epidemiology, em Estocolmo.

Segundo a fonte, os resultados apresentados revelam que 92% dos enfermeiros inquiridos na análise “partilha o material clínico de bolso com outros enfermeiros, médicos, técnicos superiores de saúde e assistentes operacionais, sendo que todos já o reutilizaram com múltiplos utentes”.

O estudo indica “que os procedimentos clínicos, com recurso a material de bolso reutilizado, mais mencionados pela amostra, foram a punção venosa periférica, a otimização de cateter venoso periférico e a otimização de sonda nasogástrica e tratamento de feridas”.

O trabalho de investigação revela também que “um número significativo de enfermeiros higieniza estes equipamentos, ainda que técnicas e produtos utilizados não estejam sistematizados nas unidades”.

A amostra em estudo foi constituída por 50 enfermeiros que prestam cuidados diretos a utentes, recrutados em quatro serviços de medicina interna de um hospital da zona Centro do país.

O bolseiro de investigação da ESEnfC afirma ser “realidade vigente em muitas das unidades de cuidados em contexto nacional” situações em que “o material clínico que os enfermeiros transportam e armazenam no seu bolso da farda clínica não respeita princípios cruciais de boas práticas, seja a nível da sua higienização, seja na reutilização entre utentes e partilha entre profissionais”.

Segundo o estudo, “os enfermeiros justificaram o transporte e armazenamento de material clínico no bolso da farda pelo seu rápido acesso em caso de necessidade, pela distância à sua zona de armazenamento e pela escassez que determinados materiais clínicos apresentam nas unidades”.

Para o autor, “a utilização de materiais clínicos de uso único descartáveis ou a introdução de materiais reutilizáveis, que cumpram requisitos específicos de normas nacionais e internacionais de referência, devem ser promovidas pelos gestores em saúde, dado o seu impacto na qualidade e segurança dos cuidados prestados”.

Paulo Costa considera ainda necessário “identificar, avaliar e hierarquizar os riscos associados à gestão de material clínico de bolso, promovendo ações de melhoria a desencadear nos diferentes níveis organizacionais”.

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Fonte
Sapo 24

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