Contexto socioeconómico motiva volta do “maior estudo sobre enfermagem”
O RN4Cast, “o maior estudo sobre recursos e cuidados de enfermagem” realizado na Europa, está de volta a Portugal. A primeira edição da iniciativa no país aconteceu em 2013, agora regressa mas online e para ouvir todos os enfermeiros que prestem cuidados de saúde diretos, através de um inquérito que está a decorrer.
Em 2013, uma equipa composta por investigadores da Universidade Católica do Porto, da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, da Universidades Nova, Universidade de Lisboa e da Católica de Lovaina replicou em Portugal o estudo europeu RN4Cast. Este ano, com “as mudanças entretanto verificadas no que se refere ao contexto político, económico e social (pós-troika) e a oportunidade de produção de evidência de carácter longitudinal” os investigadores decidiram avançar com um novo estudo, mas mais alargado, conta ao Jornal Enfermeiro Élvio Jesus, investigador da Católica Porto e responsável pelo projeto.
“Trata-se de um estudo internacional que visa relacionar fatores organizacionais modificáveis, tais como os ambientes de prática e a adequação de recursos, com diferentes variáveis de resultado ao nível dos utentes, profissionais e serviços/ organizações”, avança Élvio Jesus.
Numa primeira fase, estão a ser recolhidos dados juntos dos enfermeiros através de um questionário online. Até ao final de dezembro, pode participar “qualquer enfermeiro, independentemente do título ou categoria profissionais, desde que ocupe a maior parte do seu tempo na prestação direta de cuidados aos utentes, família/grupos ou comunidade”. Nas fases seguintes, serão recolhidos dados sobre os utentes, os serviços e as organizações.
Com o estudo, os investigadores pretendem conhecer os ambientes de prática, a adequação de recursos humanos e materiais, os níveis de engagement, de satisfação e de burnout, a intenção de abandono do local de trabalho ou profissão, a perceção da qualidade e segurança dos cuidados, os cuidados deixados por fazer, os acidentes, entre outros aspetos que – acreditam os investigadores – podem, depois, ser utilizados pelos responsáveis para mudar as políticas nacionais de Enfermagem. Apelam, por isso, a uma “elevada participação”.
Participa neste inquérito
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