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Quase 8 em cada 100 doentes internados adquire infeção hospitalar

Em cada 100 doentes internados em Portugal, 7,8 adquiriram uma infeção associada aos cuidados de saúde, uma taxa superior à média europeia, mas que, mesmo assim, representa uma descida de 2,7% em relação a 2012, revela o relatório do Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos (PPCIRA) referente a 2016, apresentado esta sexta-feira no Porto.

Relativamente à higienização das mãos, que de acordo com o documento é «a medida mais eficaz, mais simples e mais económica de prevenir as infeções associadas aos cuidados de saúde (IACS)», mais de um quarto dos profissionais de saúde ainda não aderiu à medida. Apesar de tudo, esta é uma prática que tem vindo a aumentar de forma gradual, mais de um quarto dos profissionais de saúde não aderem à higiene das mãos.
Segundo o relatório, ainda em 2016 iniciou-se a monitorização do uso de luvas pelos profissionais de saúde nas diversas unidades de saúde, «à qual aderiram 74 instituições, das quais 39% correspondem a hospitais públicos».

Por outro lado, os autores destacam os resultados positivos ao nível da pneumonia associada à intubação, que desceu 36,6% entre 2008 e 2016, nas bacteriemias relacionadas com cateter intravascular central (menos 57,1% nos últimos oito anos) e por ‘staphylococcus aureus’ resistentes à meticilina (MRSA) e na infeção de prótese de joelho e de cólon e reto.

Em relação à percentagem de MRSA, conhecida como «superbactéria», esta tem vindo a diminuir desde 2011 (54,6%), situando-se nos 43,6% em 2016 (menos 20%).

«As grandes razões para esta descida, terão por base, não só a implementação e alargamento do PPCIRA a todas as unidades de saúde, mas também a implementação da norma do MRSA, da Estratégia Multimodal de Promoção das PBCI, implementação do Programa de Apoio à Prescrição Antibiótica (PAPA) com redução de quinolonas/carbapenemos», lê-se no documento .

Já a ‘Klebsiella pneumoniae’, um agente comum nas infeções de trato urinário, respiratório e da corrente sanguínea, registou um aumento de 73% em 2016, em relação ao ano anterior.

Em relação ao consumo de antibióticos – expresso em doses diárias definidas por mil habitantes por dia (DHD) – este tem-se mantido «abaixo da média da União Europeia, quer na comunidade, quer nos hospitais».

Quanto ao consumo global de antibacterianos em Portugal nos cuidados de saúde primários, este mantém-se num nível ainda elevado (21,6%), apesar de abaixo da média da Europa (21,9%)”, revela ainda o relatório.
Sobre o consumo de antibacterianos por classes nos hospitais em Portugal e na Europa, salientam-se as penicilinas, seguido das cefalosporinas/outros betalactâmicos, dos macrólidos, lincosamidas e estreptograminas e das quinolonas, seguido das cefalosporinas e outras classes.

Para 2020, os autores pretendem reduzir o consumo de antibióticos na comunidade para um valor abaixo das 19 doses diárias por 1000 habitantes. Manter a prevalência de ‘Klebsiella pneumoniae’ resistente aos carbapenemos, em isolados invasivos, abaixo de 6% e reduzir para menos de 8% as infeções hospitalares são outras das metas.
Outro objetivo definido é reduzir para menos de 10% as infeções nas Unidades de Cuidados Continuados Integrados (UCCI).

Publicada originalmente em www.univadis.pt

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Fonte
Univadis

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