Ministro desafia quem denuncia “caos” no SNS: “Deem a cara”
No Parlamento, Adalberto Campos Fernandes denunciou que “existe um processo organizado para criar a ideia de caos no SNS”. O ministro desafia críticos a darem a cara prometendo “não perseguir ninguém”
“Este processo que está em curso, organizado, como é óbvio, para fazer crer que o Estado oculta disfunções e parece que há uns problemas que ninguém quer assumir que existem, é rigorosamente inadequado”, afirmou o ministro da Saúde, em declarações aos jornalistas, no Parlamento.
“O que seria normal é que os profissionais, nomeadamente as próprias entidades que os representam reunissem com os hospitais, apresentassem os seus problemas, que em vez de andarem neste jogo de denúncia, dessem a cara, não se remetessem por detrás de câmaras ocultas. Porque uma coisa é certa: o Governo não perseguirá ninguém e considera, pelo contrário, muito útil que se diga onde existem problemas”, disse o ministro da Saúde.
Adalberto Campos Fernandes falava depois de um debate pedido de urgência pedido pelo PCP para criticar as Parcerias Público-Privadas na Saúde, onde o PSD optou por fazer um “balanço francamente negativo” da situação no Serviço Nacional de Saúde.
“É o descalabro, é o salve-se quem puder. Os doentes aguentem-se, porque deste Governo não podemos esperar nada”, denunciou o deputado social-democrata Ricardo Batista Leite.
Na resposta, o ministro da Saúde desafiou o PSD e os outros partidos a fazerem “visitas surpresa, sem pré-aviso para não haver esconderijo de doentes”.
“Estou disponível para ir visitar consigo de noite, de madrugada, de manhã hospitais e centros de saúde”, convidou Adalberto Campos Fernandes.
“Mas o caos está onde? Está como estava o diabo, Sr. deputado”, ironizou o ministro numa referência às palavras de Pedro Passos Coelho.
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