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Cuidados de Enfermagem no Síndrome da Angústia Respiratória Aguda

Antigamente era conhecida como Síndrome de Agústia Respiratória do Adulto, atualmente Síndrome da Angústia Respiratória Aguda com a sigla SARA.

A SARA constitu-se de de uma forma grave de lesão pulmonar aguda que apresenta edema pulmonar súbito e progressivo. Podem ser encontrados na radiografia de tórax infiltrados bilaterais crescentes. Ainda podem ser evidenciados a hipoxemia refratária à suplementação de oxigênio e complacência pulmonar reduzida. Esses sinais são encontrados na ausência de insuficiência cardíaca esquerda.

Os paciente acometidos pela SARA necessitam de ventilação mecânica com uma pressão na via aérea maior que a normal.

Fatores Etiológicos Relacionados com a Síndrome de Angústia Respiratória Aguda (SARA)1

  • Broncoaspiração (secreções gástricas, afogamento, hidrocarbonetos);
  • Overdose e ingestão de drogas;
  • Distúrbios hematológicos (coagulação intravascular disseminada [CID], transfusões maciças, bypass cardiopulmonar);
  • Inalação prolongada de altas concentrações de oxigênio, fumaça ou substância corrosivas;
  • Infecção localizada (pneumonia bacteriana, fúngica, viral);
  • Distúrbios metabólicos (pancreatite, uremia)
  • Choque (qualquer etiológia);
  • Traumatismo (contusão pulmonar, fraturas múltiplas, traumatismo craniano);
  • Grande cirurgia;
  • Embolia gordurosa ou gasosa;
  • Sepse sistêmica.

Fisiopatologia1
A SARA é iniciada através da deflagração inflamatória onde se inicia a liberação de mediadores celulares e químicos que causam lesão na membrana alveolocapilar.

Com a lesão causada à nível alveolocapilar, ocorre a um extrvasamento de líquido para os espaços intersticiais alveolares e alterações no leito capilar.

Patogenia e Fisiopatologia da Síndrome de Angústia Respiratória Aguda.
O desequilíbrio grave da ventilação-perfusão ocorre ana SARA. O colapso alveolar ocorre por causa do infiltrado inflamatório, sangue, líquido e disfunção do surfactante. Pequenas vias aéreas são estreitadas por causa do líquido intersticial e obstrução brônquica. A complacência pulmonar torna-se muito diminuída (pulmões rígidos) e os resultado é uma característica diminuição na capacidade residual funcional e hipoxemia grave.

O sangue que retorna para o pulmão para a troca gasosa é bombeado através de áreas não-ventiladas e não-funcionais do pulmão, gerando o shunt. Isso significa que o sangue está fazendo interface com alvéolos não-funcionais e que a troca gasosa está acentuadamente prejudicada, resultando em hipoxemia refratária grave.

Manifestações Clínicas

  • Dispneia intesnsa de 12 a 48 horas após o evento inicial;
  • Hipoxemia arterial que não responde ao O2 suplementar;
  • Presença de infiltrados bilaterias na radiografia de tórax que se agravam rapidamente e são semelhantes aos encontrados no edema pulmonar cardiogênico;
  • A lesão pulmonar progride para a alveolite fibrosante com hipoxemia grave persistente;
  • Presença de espaço morto alveolar aumentado ( ventilação para os alvéolos , mas perfusão deficiente);
  • Complacência pulmonar diminuída (pulmões rígidos, difíceis de ventilar);

TERAPIA
A terapia está voltada para a identificação e tratamento da condição subjacente. Devem ser estabeleccido cuidados na forma de manter a função respiratória. Com isso, medidas como a intubação e a ventilação mecânica devem ser inicadas, afim de manter as vias respiratórias funcionantes.

Com a hipoxemia, outras medidas devem ser instaladas. O O2 suplementar é ofertado através da intubação e da ventilação mecânica.

Terapia medicamentosa
Muitos são os medicamentos que estõa em estudo para conter a cascata de eventos que levam à SARA.

Os antagonistas do receptor de interleucina-1 recombinante humano, inibidores dos neutrófilos, vasodilatadores pulmonares específicos, terapia a de reposição de surfactante, agentes anti-sepse, terapia antioxidante e corticosteroides administrados tardiamente no curso da SARA, são exemplos dos medicamentos e ações estudados na tentaiva de conter o avanço da SARA.

Terapia nutricional
Os pacientes acometidos por SARA, requerem cerca de 35 a 45 kcal/kg diariamente para satisfazer as demandas calóricas. A alimentação enteral é a primeira consideração, no entanto, a nutrição parenteral também pode ser necessária.

Cuidados de Enfermagem
Os cuidados de enfermagem estão voltados entre outras ações, à monitorização do paciente em Unidade de Terapia Intensiva, pois a condição do paciente, rapidamente poderá gerar risco à vida.

A avaliação frequente do estado do paciente é necessária para avaliar a eficácia do tratamento.

A equipe de enfermagem além de implementar a prescrição médica, ainda considera as outras necessidades do paciente. Deve-se mudar o decúbito do paciente para melhorar a perfusão nos pulmões e para estimular a drenagem das secreções. A oxigenação nos paciente com SARA às vezes é melhorada na posição de decúbito ventral.

Devido à hipoxémia, o paciente fica extremamente ansioso e agitado, então o (a) enfermeiro(a) deve explicar todos os procedimentos e fornecer cuidados de maneira calma e tranquilizadora. A ansiedade aumenta o consumo de oxigénio.

Referência
1. SMELTZER, S.C. et al. (ed.) Brunner & Suddarth, tratado de enfermagem médico-cirúrgica. 11. ed. Rio de Janeiro: Guanabara koogan, 2009. pág. 553 – 554.

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Fonte
http://www.enfermagempiaui.com.br/

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