«Não somos Centeno, não somos Adalberto, nós somos SNS!»
Em protesto contra a falta de condições do Serviço Nacional de Saúde (SNS), os médicos de Lisboa decidiram trabalhar de preto todas as últimas sextas-feiras de cada mês. A iniciativa #SNSinBlack é liderada pelo pneumologista Filipe Froes e pela especialista em Medicina Interna, Ana Paiva Nunes.
O movimento surgiu nas redes sociais há pouco mais de um mês e já reúne o apoio de dezenas de clínicos e do bastonário da Ordem dos Médicos.
Nesta sexta-feira, dia 30 de março, apesar de ter sido feriado, a ação foi um sucesso, com centenas de participantes de todos os grupos profissionais. «Muitos e cada vez mais a reafirmar taxativamente que Portugal precisa de um SNS pujante, diferenciado e universal para todos: para quem precisa e para quem serve quem precisa!», lê-se no grupo criado no facebook intitulado «SNS: O lado B» .
A adesão foi de tal forma surpreendente que o grupo está mesmo a ponderar que em vez de ser só na última sexta-feira de cada mês, o #SNSinBlack passe a realizar-se todas as sextas-feiras.
Os autores do «SNS: O lado B» alegam que este movimento pretende dar a conhecer o lado menos ouvido, menos conhecido e difundido do SNS. «SNS: O lado B por quem trabalha no terreno e vive a realidade sem necessidade de tabelas ou gráficos. O lado B do “Sim nós sabemos muito do que acontece e não se conhece, porque nós estamos cá!”», lê-se na página do movimento.
«O que nos move é sempre o SNS! E o que fazemos só pode ser por amor, porque o interesse em continuar em trabalhar no SNS ou ser doente do SNS é cada vez menor ou nenhum. O “SNS: O lado B” é de todos os que têm esperança num SNS forte, estimulante, diferenciado, universal e gratuito», reforçam os médicos.
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