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«Antecipa-se uma rutura de prestação de cuidados como não há memória»

A passagem às 35 horas de trabalho semanal no Serviço Nacional de Saúde (SNS), a partir de 1 de julho, vai gerar «impactos significativos nos Serviços Farmacêuticos hospitalares», podendo mesmo «colocar em causa a qualidade e a segurança dos doentes no que ao medicamento diz respeito», alerta a Ordem dos Farmacêuticos (OF) num comunicado.

«Farmacêuticos e diretores técnicos de várias unidades do país estão a reportar à OF dificuldades no cumprimento de responsabilidades, funções e tarefas nas farmácias hospitalares, como a dispensa de medicamentos aos doentes em ambulatório, preparação e validação de citotóxicos, preparações pediátricas e nutrição parentérica, distribuição de medicamentos em dose unitária, entre muitas outras que fazem parte da atividade quotidiana de qualquer farmácia hospitalar», salienta a informação à Imprensa (https://ordemfarmaceuticos.pt/pt/noticias/servicos-farmaceuticos-hospitalares-a-beira-da-rutura/).

Estas preocupações manifestadas pelos farmacêuticos hospitalares levaram mesmo a bastonária da OF a escrever ao ministro da Saúde, sugerindo a prorrogação do prazo para a entrada em vigor da medida, «permitindo assim um planeamento atempado e minimização do impacto nos serviços».

«Mesmo que se contratem amanhã os profissionais em falta, já estes não virão a tempo de acudir às falhas que se vão registar a partir de 1 de julho», justifica Ana Paula Martins, sublinhando que tem «fundados receios de que possa acontecer alguma situação que coloque os doentes em risco e os profissionais numa situação insustentável».

Para a bastonária, a situação vivida na maioria dos Serviços Farmacêuticos é tão grave que está posta em causa a segurança dos doentes e o bom nome dos profissionais. «O risco de ocorrência de erros graves, por cansaço, excesso de pressão assistencial, acumulação de funções e tarefas é demasiado elevado para poder ser ignorado ou negligenciado. Antecipa-se uma rutura de prestação de cuidados farmacêuticos como não há memória», alerta.

A bastonária destaca igualmente que «já não há margem para acomodar mais faltas e desespera-se pela contratação de novos recursos humanos. Sem Carreira Farmacêutica durante muitos anos e sem estágios para a formação especializada de farmacêuticos, chegamos a um ponto crítico nas farmácias hospitalares que não é só responsabilidade do atual Executivo, mas de todos os Governos das últimas duas décadas».

Também preocupada com a passagem para as 35 horas semanais, a Ordem dos Enfermeiros (OE) já enviou igualmente um ofício aos presidentes dos conselhos de administração dos hospitais, Governo e demais entidades oficiais, no qual alerta para o não cumprimento do número mínimo de enfermeiros necessários para manter as pessoas em segurança, situação que segundo a OE se vai «agravar» a partir de 1 de julho.

Fonte : univadis

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