Saúde e bem-estar

Médicos continuam a ignorar as normas para a prevenção de agentes infeciosos

Não usar equipamentos de proteção individual e a falta de adesão às normas de rotina para prevenir a transmissão de agentes infeciosos é algo que acontece frequentemente nos hospitais, representando uma fonte potencial de auto-contaminação, alerta um estudo qualitativo publicado esta segunda-feira na JAMA Internal Medicine.

«As precauções padrão são um pilar da prevenção de infeções para proteger pacientes e profissionais de saúde», relatam Sarah Kerin, da Ann Arbor Healthcare System, em Michigan (EUA) e seus colegas.

«Compreender os tipos de falhas e o contexto em que as falhas ocorrem é essencial para corrigir efetivamente o risco de transmissão de patógenos», salientam os investigadores no estudo intitulado “Identification and Characterization of Failures in Infectious Agent Transmission Precaution Practices in Hospitals. A Qualitative Study”

Durante nove meses, os investigadores observaram diretamente os profissionais de saúde, tanto no interior como no exterior dos quartos dos pacientes, tendo as observações ocorrido em 16 unidades médicas e/ou cirúrgicas de cuidados agudos e quatro unidades de terapia intensiva.

Os cientistas fizeram um total de 325 observações, 79,7% dos quais ocorreram no exterior e 20,3% no interior dos quartos.

Os resultados demonstram que foram observadas 280 falhas de segurança. A maioria (72,9%) das falhas observadas envolveu erros com precauções de contato, e cada falha teve o potencial de auto-contaminação direta ou indireta.

Os autores distinguiram entre três tipos diferentes de erros: violações (n = 102), que incluíram desvios intencionais das normas; erros (n = 144), que ocorreram enquanto tentavam seguir as normas; e falhas automáticas (n = 37).

As violações incluíram vários profissionais de saúde que entravam nos quartos sem usar equipamento adequado. «Um cenário comum era o pessoal entrar numa sala sem qualquer proteção, incluindo luvas», explicaram os investigadores.

Por outro lado, e embora os profissionais de saúde possam ter entrado numa sala sem a intenção de fazer qualquer contato, «as suas descobertas muitas vezes resultaram em contato com o paciente ou com o ambiente do paciente», observa o estudo.

Ao contrário das violações, os erros foram caracterizados como «erros de intenção». Estes foram frequentemente observados quando os profissionais de saúde tentavam remover os equipamentos de segurança. Um exemplo de erro é a remoção do equipamento na sequência errada, nomeadamente retirar uma máscara com as luvas ainda colocadas.

«O terceiro tipo de falha ativa comumente observada consistia em comportamentos altamente automáticos», observam Kerin e seus colegas. Alguns dos mais comuns envolviam profissionais de saúde que tocavam no rosto com luvas contaminadas, ou levantavam os óculos ou limpavam o suor do rosto, enquanto usavam luvas contaminadas.

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