opinião

Destemidamente Enfermeiros Portugueses Assumem-se

Estamos em mais um mês (Novembro/2018) de vital importância, de luta e reivindicação por uma Carreira digna, que honre, reconheça e gratifique todo o trabalho desenvolvido pelos ENFERMEIROS PORTUGUESES, no universo dos Serviços de Saúde público-SNS e privado.

Foram realizadas várias greves sectoriais a culminar com manifestações em Lisboa, transmitindo o descontentamento, que a classe de ENFERMAGEM hoje vive. Mas não só, alertaram também, para o estado caótico, de desinvestimento, de falta de recursos humanos e materiais e de falta de actualização e modernização de equipamentos e estruturas, que se vive e sentem no Serviço Nacional de Saúde (SNS). Os ENFERMEIROS PORTUGUESES fizeram acontecer Setembro/2017-REVOLUÇÃO DOS CRAVOS BRANCOS e Outubro/2018. Agora é o momento de fazer acontecer a GREVE CIRÚRGICA/2018.

Mas hoje, perante a dinâmica que os ENFERMEIROS PORTUGUESES criaram com a GREVE CIRÚRGICA e com a angariação de fundos, fazem estremecer os “senhores absolutos”, os “donos de todo o saber”, os administradores hospitalares e o Ministério da Saúde e poder político. Quanto aos administradores hospitalares recorde-se do que no passado recente foi dito por esta associação e o que hoje é dito, por esta mesma associação, sempre na pessoa do seu presidente Dr. Alexandre Lourenço. Mudou tão rapidamente de opinião? Afinal agora, teme que com esta GREVE CIRÚRGICA, as vossas metas e indicadores não sejam alcançados? Afinal os ENFERMEIROS PORTUGUESES são também imprescindíveis nas Equipas de Saúde. Basta de cinismo e posições camaleónicas, ao sabor dos ventos, Sr. Administrador!

Mas mesmo assim, perante o alcance que a GREVE CIRÚRGICA terá, ainda constatamos que o Ministério da Saúde marca e desmarca reuniões com os ENFERMEIROS PORTUGUESES, em cima da hora e com justificações pouco plausíveis. Isso sim, é agressividade. Ainda que a Srª. Ministra da Saúde tenha sido recentemente nomeada, não estava fora do sistema, nem desconhecia as questões, e por isso é pouco compreensível esta atitude – Agressividade quanto baste! Só por esta falta de respeito, por esta agressividade, julgo que é razão suficiente para os ENFERMEIROS marcarem uma posição de força.

Tudo pode ser questão meramente social ou sociológica, de preconceito ou de superioridade/inferioridade, mas que a nossa Classe Profissional – OS ENFERMEIROS PORTUGUESES – precisa de ser respeitada, lá isso precisa! Não esqueçamos que para além de tudo, a remuneração que se aufere, também é estatuto, é poder e é diferenciador! E a Sociedade é escrutinadora pelo bem e pelo mal, da exposição mais vulnerável a que estamos sujeitos.

Não sei se vamos a tempo (depois de tanto tempo desperdiçado), face ao período de auscultação e de trabalho, na especialidade do Orçamento de Estado/2019 e as necessárias alterações a introduzir. Não sei quando Sua Excelência o Presidente da República tem disponibilidade para receber, ouvir e escutar os problemas e reivindicações dos ENFERMEIROS PORTUGUESES? Mas o tempo urge, porque nem os compromissos do Governo para 2018 foram cumpridos.

Os ENFERMEIROS PORTUGUESES já viram que este Governo não honra a palavra dada. Não honra compromissos. Serão esta Ministra da Saúde e este Governo merecedores da dignidade e qualidade dos profissionais de Saúde que têm? Porque agressividade Srª. Ministra da Saúde, Profª. Doutora Marta Temido, é os ENFERMEIROS estarem sem progressão há 14 e mais anos. Agressividade é estarem os serviços com dotações não cumpridas, com o risco que isso implica, para cuidar dos doentes e cidadãos. Agressividade é a exaustão e burnout a que os ENFERMEIROS PORTUGUESES chegaram. Agressividade são milhares de horas extraordinárias não pagas aos ENFERMEIROS e folgas por gozar. Agressividade é os ENFERMEIROS PORTUGUESES auferirem vencimentos inferiores aos dos outros licenciados da Administração Pública.

E já agora, por onde andam os partidos da oposição, face às dificuldades do SNS e a estas manifestações, carências e situação dos ENFERMEIROS PORTUGUESES?

Para mim é simples: Nenhum partido político merecerá o voto dos ENFERMEIROS PORTUGUESES, face à insciência e desconsideração a que votam estes dignos Profissionais.

Façamos acontecer 2018 e 2019. Façamos acontecer A GREVE CIRÚRGICA, em favor da ENFERMAGEM E DOS ENFERMEIROS PORTUGUESES!

JUNTOS SOMOS MAIS FORTES! Assim o queiramos e saibamos sê-lo!

Humberto Domingues
Enf. Espec. Saúde Comunitária
2018.11.16 – 07h30

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Humberto Domingues

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