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Duas mil cirurgias adiadas devido a greve. “Não é possível reprogramá-las nos próximos anos”

Aviso deixado pela bastonária da Ordem dos Enfermeiros que apela ao governo para que encontre um meio caminho para as negociações. Ana Rita Cavaco diz à TSF que greve às cirurgias já ultrapassa as 2000 intervenções adiadas.

É com “absoluta certeza” que a bastonária da Ordem dos Enfermeiros (OE) afirma que as intervenções cirúrgicas adiadas devido à greve dos enfermeiros não vão ser reprogramadas em tempo útil. “Não é possível, se a greve durar até 31 de dezembro ou se se prolongar, reprogramar nos próximos anos estas cirurgias para o Serviço Nacional de Saúde (SNS) em tempo útil”, diz Ana Rita Cavaco.

Desde dia 22 de novembro que os enfermeiros estão em greve nos blocos operatórios de cinco hospitais, por falta de acordo com o Governo sobre a estrutura da carreira. Por este motivo, cerca de 500 cirurgias estão a ser adiadas diariamente, diz a bastonária da OE, que sublinha que os sindicatos têm “alguma intenção de a prolongar”.

Ana Rita Cavaco aponta o dedo à tutela e critica aquilo que diz ser a “inabilidade das Finanças”. “Infelizmente, vivemos num país que não tem Ministério da Saúde, quem manda é o ministro das Finanças e, evidentemente, o primeiro-ministro. Nós estamos fartos de apelar a que se resolva este impasse porque, com certeza, [há] um meio caminho para se conseguir fazer uma negociação”, diz.

Realçando que antes desta greve “já havia salas operatórias encerradas por falta de enfermeiros nestes hospitais”, Ana Rita Cavaco deixa uma “palavra de solidariedade” a todos os utentes do SNS que viram as cirurgias adiadas. “Sabemos bem aquilo que as pessoas passam todos os dias dentro dos hospitais e dos centros de saúde. Quem é utilizador do SNS também sabe bem aquilo que é o sacrifício dos enfermeiros e dos outros profissionais de saúde para que se consiga, com o mínimo de dignidade e alguma qualidade, ir resolvendo os problemas de saúde às pessoas”, sublinha a bastonária. “Percebo essa angústia, a verdade é que este é um problema que já existia, que o país se recusa a discutir e que vai continuar, infelizmente, se não fizermos nada, com ou sem greve cirúrgica”, conclui.

Na semana passada, a ministra da Saúde, Marta Temido, garantiu que todas as cirurgias adiadas devido à greve vão ser reprogramadas “em primeira mão no contexto do SNS e o quanto antes”. Em comentário a este protesto, a governante fez também saber que o Executivo olha para ele com alguma reserva. “Não deixamos de considerar que os fundamentos desta greve nos oferecem algumas reservas, na medida em que, como é sabido, o Governo fez uma proposta às estruturas sindicais representativas dos enfermeiros que consideramos uma boa proposta. Consideramos até uma muito boa proposta, na medida em que corresponde a alguns dos aspetos que os enfermeiros vinham reclamando desde há longos meses”, disse.

O Governo já pediu um parecer ao conselho consultivo da Procuradoria-Geral da República sobre os termos deste protesto dos enfermeiros, que está agendado até 31 de dezembro.

Fonte: TSF

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