SNS precisa de 30 mil enfermeiros, mais 5500 médicos e 140 farmacêuticos
As ordens profissionais uniram-se para apresentar um retrato sobre os recursos humanos na Saúde.
A conclusão é a de que o Serviço Nacional de Saúde precisa de mais 5500 médicos, 30 mil enfermeiros e de 140 farmacêuticos para os hospitais.
Num debate sobre o assunto promovido pela consultora multinacional IASIST, esta terça-feira, em Lisboa, o bastonário da Ordem dos Médicos sublinhou que seriam necessários mais 5500 médicos, a avaliar pelos 120 milhões de euros pagos a prestadores de serviços médicos no ano passado e tendo em conta que as horas extraordinárias representam 21% da remuneração dos médicos. «Os hospitais vivem das horas extra. Os hospitais fecham portas se os médicos deixarem de fazer horas extra», alertou Miguel Guimarães.
Já a Ordem dos Enfermeiros estima que faltem 30 mil profissionais, lembrando a bastonária Ana Rita Cavaco que o rácio de enfermeiros por mil habitantes está nos 4,2 quando a média dos países da OCDE é de 9,2.
«Não temos nenhum hospital que cumpra a dotação segura relativamente ao número mínimo de enfermeiros. Há muitos hospitais com um enfermeiro sozinho por turno», afirmou.
Relativamente aos farmacêuticos, a bastonária da Ordem, Ana Paula Martins, avançou que faltam nas farmácias hospitalares pelo menos 140 profissionais, a que acrescem naqueles serviços 140 técnicos de diagnóstico e terapêutica em falta e também entre 60 a 70 assistentes operacionais.
«A falta de profissionais ou a sua falta de organização faz com que haja tensões desnecessárias e um clima de enorme conflitualidade», disse ainda a dirigente.
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