Estetoscópios podem estar carregados de bactérias
Os estetoscópios usados pelos profissionais de saúde estão carregados de uma diversidade de bactérias, indicou um estudo.
O estudo, que foi conduzido por investigadores da Faculdade de Medicina Perelman da Universidade da Pensilvânia, EUA, analisou ainda a eficácia de vários métodos de limpeza dos dispositivos e descobriu que uma abordagem normalizada é mais eficaz do que diversas abordagens usadas por vários profissionais.
Os investigadores fizeram a análise de 40 estetoscópios em uso numa unidade de cuidados intensivos.
20 dos dispositivos eram estetoscópios tradicionais reutilizáveis, e os outros 20 eram descartáveis usados num só paciente. O conteúdo bacteriano dos estetoscópios em uso foi comparado ao de 10 outros estetoscópios não usados (controlos).
A equipa usou sequenciamento molecular para determinar as espécies bacterianas presentes nos estetoscópios e detetou a presença de uma variedade e abundância de bactérias nos 40 dispositivos, muitas das quais eram causadoras de infeções.
Com efeito, a bactéria Staphylococcus aureus estava presente em mais de metade dos estetoscópios, assim como outras bactérias como a Pseudomonas e a Acinetobacter, embora estas duas últimas em menores quantidades.
Relativamente aos métodos de limpeza, a equipa apurou que os preferidos pelos profissionais faziam reduzir a quantidade de bactérias, mas não removiam a totalidade de forma a ficarem ao nível dos estetoscópios novos e limpos.
Por sua vez, o método normalizado (aprovado pelos Centros de Controlo e Prevenção de Doenças dos EUA) fez reduzir as bactérias em metade dos estetoscópios, ficando como os novos; apenas 10% evidenciaram um nível de limpeza semelhante ao obtido com os métodos preferidos pelos profissionais.
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