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Dois sindicatos de enfermeiros mantêm suspensão da greve, um avança com paralisação | Saúde

A Associação Sindical Portuguesa dos Enfermeiros (ASPE) e o Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal (Sindepor) vão manter até 30 de Janeiro a suspensão da greve cirúrgica, convocada para sete centros hospitalares. A decisão foi tomada esta quinta-feira, depois de uma reunião com a ministra da Saúde e representantes do Ministério das Finanças.

A paralisação tinha início previsto para o dia 14 e já tinha sido suspensa até à realização do encontro do Ministério da Saúde que decorreu esta quinta-feira. A decisão das duas estruturas sindicais foi conhecida ao final da tarde depois de os dirigentes sindicais terem estado numa reunião com a ministra da saúde e representantes do Ministério das Finanças que durou quatro horas. No encontro discutiram essencialmente a criação de três categorias na carreira dos enfermeiros e os seus conteúdos funcionais.

Lúcia Leite, da ASPE, adiantou que haverá que uma nova reunião com o Governo no dia 30 de Janeiro e que se nessa altura não se verificarem avanços na negociação avançará então a greve cujo pré-aviso se mantém tendo fim marcado para o dia 28 de Fevereiro. Nessa reunião estará presente a ministra da Saúde e a secretária de Estado da Administração e do Emprego Público, Maria de Fátima Fonseca, em representação do Ministério das Finanças.

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A avançar, a paralisação terá especial incidência nos blocos operatórios, seguindo o modelo praticado na greve que se realizou entre 22 de Novembro e 31 de Dezembro de 2018.



O pré-aviso de greve inclui os centros hospitalares do Porto, São João, Braga, Tondela-Viseu, Gaia/Espinho, Tâmega e Sousa e Hospital Garcia de Orta. E abrange todos os enfermeiros de todos os turnos e assegura serviços mínimos, ficando garantida a urgência, tratamentos e cirurgias oncológicas e hemodiálise.

Na quarta-feira, no Parlamento, ASPE e Sindepor já tinham afirmado que as expectativas em relação à reunião eram baixas e que se não existissem avanços nas negociações avançavam para a greve. O Movimento Greve Cirúrgica tem a decorrer uma angariação de fundos para apoiar os enfermeiros que aderirem à paralisação. Até ao momento foram angariados mais de 421 mil euros.

Terminadas as negociações?

Ao mesmo tempo que estas estruturas decidem manter a suspensão da greve, outro sindicato com abrangência nacional decidiu avançar. Esta quinta-feira de manhã, os ministérios da Saúde e das Finanças reuniram-se com o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) que anunciou a realização de uma greve de quatro dias na próxima semana. No final do encontro, o presidente do SEP referiu que o Governo deu por terminadas as negociações, sem responder às reivindicações relacionadas com a idade de aposentação e revisão da grelha salarial.

A greve tem início a 22, na região de Lisboa e Vale do Tejo, passando depois para a zona Centro (dia 23), Norte (dia 24) e Alentejo, Algarve e Açores (dia 25). Na reunião também esteve o Sindicato dos Enfermeiros da Madeira que avança igualmente para a greve.

A última ronda é com a Federação Nacional dos Sindicatos dos Enfermeiros (FENSE), que na quarta-feira admitiu no Parlamento que se as negociações não decorrerem como o esperado, apoiarão as greves já marcadas.

Esta quinta-feira de manhã, a ministra da Saúde esteve no Parlamento a explicar a proposta de lei de Bases da Saúde do Governo aos deputados do PS. Depois aos jornalistas disse contabilizar em 200 milhões de euros as reivindicações que o Governo já satisfez aos enfermeiros e disse que não é possível dar resposta a tudo o que pedem porque isso implicaria uma despesa de 500 milhões de euros.

“O caminho que nós já andámos importa em 200 milhões de euros só para esta profissão. O caminho que agora nos pedem vai além dos 500 milhões de euros em efeitos remuneratórios se todas as reivindicações fossem atendidas”, disse.

Sublinhou ainda que existem várias razões para não atender a todas as reivindicações, entre elas esta: “A ministra da Saúde não é apenas ministra dos profissionais de Saúde e o Governo não é apenas Governo das reivindicações profissionais; têm de, em primeira mão, satisfazer o interesse público e dos cidadãos. E têm também de garantir equidade de tratamento entre as várias profissões e a sustentabilidade [do sistema] a longo prazo.”


Fonte: Público

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