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A migração para o Reino Unido diminuiu com o Brexit (mas só por parte dos europeus)

(CC0/PD) Skitterphoto / pixabay

Desde a votação do Reino Unido para sair da União Europeia (UE), em 2016, a migração de cidadãos europeus para o país caiu 70%, passando a ser de 57 mil por ano, o número mais baixo da última década. Contudo, a chegada de pessoas de fora do bloco europeu aumentou.

De acordo com dados do Instituto Nacional de Estatísticas Britânico, divulgados pelo OZY esta segunda-feira, o número de migrantes da UE a entrar no país, em 2016, era de 189 mil por ano. Em 2018, caiu para 57 mil por ano, o mais baixo da última década.

Segundo a mesma fonte, o número de pessoas de países da Europa Central e Oriental que aderiram à UE em 2004 – como a Polónia – que está a deixar o Reino Unido é maior do que aquele relativo às que está a chegar. Entre 2016 e 2018, os números de Segurança Social atribuídos a cidadãos da UE caíram um terço.

Contudo, a migração por parte de cidadãos de fora da UE continua a aumentar, tendo o mesmo crescido em mais de um quarto de janeiro a setembro de 2018.

Sean Dempsey / EPA

Porém, alguns economistas britânicos alertaram sobre este aumento, indicando que o número de 261 mil cidadãos de fora da UE que chegaram ao Reino Unido pode não ser confiável, devido aos problemas de longa data que o país mantém relativamente aos dados de migração dos estudantes.

Caroline Nokes, ministra da Imigração, disse que o Reino Unido “continua a atrair e reter trabalhadores altamente qualificados”, incluindo médicos e enfermeiros. O Ministério do Interior propôs uma revisão abrangente do regime de imigração após o Brexit, incluindo novas e significativas restrições aos futuros migrantes da UE.

Nos termos do plano, a maioria dos cidadãos da UE será elegível para vistos de trabalho a curto prazo, de apenas um a dois anos. Aqueles que querem estabelecer-se no Reino Unido estarão sujeitos a um limite mínimo de ordenado de 39.750 dólares (cerca de 35 mil euros), valor que os empregadores pretendam ver reduzido.

No entanto, enquanto Theresa May tenta conseguir a aprovação da Câmara dos Comuns sobre o Brexit, os empregadores indicam que a incerteza sobre o destino dos cidadãos da UE no caso de uma saída do grupo europeu dificulta a atração e retenção de funcionários.

Para Tom Hadley, diretor de política da Confederação de Recrutamento e Emprego, a queda no número de cidadãos da UE que chegam ao Reino Unido é “preocupante”.

“As empresas britânicas já estão a lutar para encontrar candidatos que preencham as vagas em setores tão variados como tecnologia e saúde”, disse, acrescentando que a clareza sobre os direitos que os trabalhadores da UE “é uma enorme prioridade” quando se trata de contratar funcionários.

“O Reino Unido não é tão atraente para os migrantes da UE como há alguns anos”, devido à incerteza política relacionada com o Brexit, ao valor decrescente da libra – que torna os salários menos atraentes – e ao fato de as oportunidades de emprego terem melhorado noutros países da UE, afirmou Madeleine Sumption, diretora do Migration Observatory, uma instituição de pesquisa de Oxford.

Madeleine Sumption referiu, porém, que como a migração da UE foi “excecionalmente alta” no período que antecedeu o referendo, parte do declínio poderia ter ocorrido mesmo sem o Brexit. A saída do Reino Unido do bloco está programada para 29 de março.


Fonte: ZAP

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