Hospitais vão ser avaliados por ganhos que dão aos doentes – Atualidade
No encontro onde o compromisso será assinado estarão os bastonários das principais ordens profissionais na área da Saúde – médicos, enfermeiros, farmacêuticos, psicólogos e nutricionistas -, administradores hospitalares públicos e privados, associações de doentes, sociedades médicas e diversas personalidades da área como o ex-ministro Adalberto Campos Fernandes, a ex-ministra Maria de Belém e o ex-diretor-geral da Saúde Constantino Sakellarides.
No texto do compromisso, a que a Lusa teve acesso, os signatários comprometem-se a “medir resultados que se foquem nos doentes, sistematizar práticas e integrar cuidados”, avançando com experiências piloto, e medir os custos totais para obter os resultados desejados, passando, “tendencialmente, a financiar por valor criado, não por atos isolados ou por silos terapêuticos”.
Comprometem-se ainda a adotar medidas para garantir que, em 2021, “pelo menos um terço dos atores da saúde em Portugal tenha aderido à prestação e ao financiamento de cuidados com base em valor”.
“Este esforço colaborativo será acompanhado por uma ‘task force’ onde todos se sentirão devidamente representados”, acrescenta o texto.
Para João Marques Gomes, “nem todos os atos médicos prestados acrescentam o mesmo valor para o doente” e, por isso, a prestação de cuidados de saúde deve ser analisada e avaliada com base no valor criado.
“O que traz mais valor para o doente trará, como consequência, mais valor para o sistema (…). Quando tenho doentes o que quero é tratá-los tão bem quanto possível, para eles não terem de voltar”, acrescentou.
Quanto ao financiamento dos atos médicos, o responsável defende que este modelo de avaliação “pode e deve mexer com o financiamento do ato médico”.
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