Ordem dos Enfermeiros diz que denúncia de casos “terceiro-mundistas” causa crispação política – Atualidade
No discurso, a bastonária nunca se referiu diretamente à sindicância à Ordem que foi determinada pela ministra da Saúde ou ao corte de relações institucionais que chegou a ocorrer com o Ministério. Contudo, Ana Rita Cavaco tem dito que considera que a sindicância representa uma perseguição.
“Há quem ache uma ousadia que uma ordem profissional se preocupe em defender, sem medos, a dignidade dos enfermeiros”, lamentou, discordando dos que acreditam que se pode prestar cuidados de saúde “sem cuidar de quem cuida”.
Repetindo a ideia de que foi eleita e ganhou as eleições para a Ordem, a bastonária afirmou ainda que não faz parte da “lista interminável de nomeações”: “Não precisei de ser filha, mulher ou sobrinha de ninguém (…) Esta é a minha única arma: ser livre e continuar livre”.
Antes do discurso da bastonária, a I Convenção Internacional dos Enfermeiros começou com um filme que apresentou uma família de enfermeiros: mãe, filha e neto.
Helena Macedo, enfermeira aposentada com 82 anos, relatou que no seu tempo a “enfermagem era respeitada” e era uma profissão onde havia “regalias”.
Já a filha, Inês Macedo, trabalha como enfermeira há 26 anos e destacou que ganha de ordenado “praticamente o mesmo” que o seu filho, João, que é enfermeiro há três anos.
A I Convenção Internacional dos Enfermeiros começou hoje no Porto e prolonga-se até sábado, dia em que a bastonária promete fazer um anúncio aos enfermeiros, segundo disse hoje no seu discurso.
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