Ressonar danifica e impede a reparação das vias aéreas superiores
Um novo estudo descobriu que as vibrações recorrentes produzidas pelo ressonar pesado conduzem a danos e impedem a recuperação das vias aéreas superiores.
Por sua vez, isto causa uma disfunção na deglutição e torna a pessoa mais vulnerável a desenvolver apneia do sono, indicou ainda o estudo da Universidade de Umeå, na Suécia. Para o achado, os investigadores analisaram 22 pacientes submetidos a cirurgia no palato mole devido a ressonar e a apneia do sono, e 10 controlos saudáveis.
Os investigadores demonstraram que tanto as pessoas que ressonam como os pacientes com apneia do sono apresentam lesões neuromusculares, a nível estrutural e molecular, no trato aéreo superior.
Foi ainda observada uma correlação entre ressonar e uma disfunção na deglutição, bem como uma relação entre lesões nos nervos e apneia obstrutiva do sono.
As pessoas que ressonam pesadamente de forma constante e que têm apneia do sono demonstraram uma perda de nervos e de massa muscular no palato mole. Contudo, observou-se problemas nas tentativas do organismo em recuperar os tecidos danificados, resultando numa estrutura muscular anormal.
A equipa relatou ainda ter observado que as fibras musculares do palato mole apresentavam problemas de organização de certas proteínas estruturais. Estas proteínas estabilizam os organelos das células musculares e suportam as estruturas celulares relacionadas com a produção de energia e contração das fibras musculares.
Finalmente, a equipa descobriu que havia, nas células musculares, um neurotransmissor normalmente associado à recuperação e regeneração neuronal. Isto sugere que o organismo tenta curar as lesões, mas que as vibrações recorrentes do ressonar constante impedem essa cura, tornando-se num ciclo vicioso que provoca problemas de deglutição e apneia do sono.
“Além dos efeitos perturbadores, o ressonar constante pode constituir um risco significativo para a saúde. Não obstante, a nossa investigação indica que tenderá no sentido de medidas preventivas precoces e, a longo prazo, irá ainda aumentar a reparação dos tecidos danificados devido a ressonar”, disse Per Stål, líder de investigação.
A investigação continua a decorrer, centrada nos processos subjacentes aos danos vibratórios e recuperação das vias aéreas superiores.
Fonte: Univadis
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