Cerca de 100 enfermeiros de Lisboa em protesto pelo descongelamento das carreiras
“Para os enfermeiros, na sua maioria mulheres, entrarem num domicílio sozinhos é complexo, além de terem de levar os seus próprios carros. Há mais de dois anos que levantamos essas questões e continuam sem ser resolvidas”, afirmou.
A enfermeira Isadora Rusga, que trabalha no Agrupamento de Centros de Saúde da Amadora, questiona o facto de com 21 anos de profissão continuar na primeira posição remuneratória, “a ganhar exatamente o mesmo vencimento que um recém licenciado que comece a trabalhar agora”, lembrando que noutras instituições já foi feito o descongelamento das carreiras.
“Continuo a aguardar. A ARSLVT até à data não repôs nada, nem sequer me foi comunicado quantos pontos foram acumulados nestes 21 anos de trabalho”, disse à Lusa.
Também Lilia Evens, enfermeira no Centro de Saúde do Barreiro, veio à porta da ARSLVT para reivindicar as progressões “que continuam a ser ignoradas”, frisando, igualmente, os casos de enfermeiros com mais de 20 anos de profissão a ganhar o mesmo que jovens que começam agora.
“O número de enfermeiros é sempre insuficiente. Trabalho numa unidade que devia ter 16, mas só há oito, o senhor presidente diz que tem os mapas da ARSLVT cheios, que não admite mais ninguém, mas querem abrir mais unidades, e nós achamos que são essenciais os cuidados de proximidade, mas temos de admitir mais gente”, acrescentou Lilia Evens.
Segundo Rui Marroni, o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses irá entregar um caderno reivindicativo dirigido ao presidente do conselho diretivo da ARSLVT, onde constam estas e outras reivindicações, algumas das quais já se arrastam há mais de dois anos e para as quais ainda não apresentou qualquer solução.
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