Enfermeiros concentram-se frente à ARS Norte a reivindicar progressão na carreira
Entre estes profissionais de saúde, que exibiam faixas onde se lia “progressão não pode ser ilusão”, a coordenadora da direção regional do Porto do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEF), Fátima Monteiro, contou à Lusa que este protesto é “resultado do descontentamento” desta classe sobre um “conjunto de problemas atuais”.
“O que nos move aqui hoje é um conjunto de problemas existentes que é transversal a todos os enfermeiros do país, mas em particular na ARS/Norte, porque esta ainda não processou os descongelamentos de carreira, nem notificou os enfermeiros dos pontos que tinham para efeitos de progressão”, disse.
Além disso, sublinhou, continua a não contabilizar todo o tempo de serviço aos enfermeiros que passaram para os 1.201 euros.
Há profissionais com 20 anos de carreira a ganharem o mesmo que os que têm apenas um ano, frisou Fátima Monteiro.
A dirigente sindical referiu que, na semana passada, reuniu na ARS/Norte já com pré-aviso de greve, tendo esta explicado não ter data para o descongelamento, nem para a notificação dos trabalhadores.
Enfermeira há 23 anos, Conceição Braga, afirmou à Lusa que o que a move é a “justiça”, porque “há muito” que se sente “injustiçada”.
E é por causa destas “injustiças” da profissão que o marido, igualmente enfermeiro, teve de emigrar, porque Portugal “não valoriza” esta classe, revelou.
“O que nós levamos para casa ao final do mês não é representativo. Não é justo enfermeiros especialistas com anos e anos de carreira ganharem o mesmo do que um colega que iniciou agora funções”, realçou.
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