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Hospital de Gaia implementa consulta de Medicina Sexual para “quebrar tabus”

Andrea Quintas, ginecologista e responsável por esta nova consulta, explicou que a sua criação partiu da necessidade de responder a “muitas dúvidas” que as pessoas manifestam nesta área e acabar com a vergonha que ainda têm em falar do assunto.

“Temos de ser nós, profissionais, a abordar as pessoas. Ainda é tabu para muitas, levando-as a não queixarem-se, a não perguntar, a não partilhar os seus problemas”, afirmou.

Assunto tabu, embora menos do que há 10 anos, a médica explicou que a consulta vai envolver vários profissionais de saúde, nomeadamente ginecologistas, urologistas, psicólogos, psiquiatras, sexólogos, assistentes sociais e enfermeiros, funcionando numa “dimensão multidisciplinar” porque a consulta é mais do que uma consulta de sexologia.

O objetivo é dar uma resposta ao doente, tendo em conta o seu contexto sociocultural, referiu.

A sexualidade faz parte do dia-a-dia das pessoas e é “essencial” para o seu bem-estar, considerou, acrescentando que estas estão mais exigentes nesta área, mas continuam a ter “muita vergonha”. Por isso, a consulta vai funcionar uma vez por semana, na unidade de Espinho e vai receber mulheres, homens e casais.

Esta área é tão importante como as outras, daí ser importante existir um maior conhecimento e informação entre a população e os profissionais, entendeu. “Há muitas dúvidas e desconhecimento, sobretudo nas camadas mais jovens, sobre fisiologia, anatomia e funcionamento dos seus órgãos sexuais. Há muita desinformação ainda”, vincou.

Falando na vergonha que as pessoas ainda mostram em lidar com o seu próprio corpo, a médica disse ser importante não associar a sexualidade a uma coisa negativa, tal como às doenças sexualmente transmissíveis.

Andrea Quintas ressalvou que os profissionais já vão estando mais atentos e já vão perguntando aos utentes sobre estas questões, mas como não têm formação específica nesta área têm receio de não terem respostas para os problemas que lhes apresentam.

Com habilitação para exercer Medicina Sexual, a ginecologista contou ter obtido essa certificação através da Sociedade Internacional e Europeia e surgiu da necessidade de, como ginecologista, dar resposta a questões colocadas pelas mulheres em consulta do foro sexual.

Muitas vezes, assumiu, não sabia dar resposta por não ter formação nessa área e dava respostas evasivas e conselhos pouco fundamentados na ciência porque não tinha essa formação. Os restantes profissionais que integram esta consulta também têm uma “diferenciação” em sexualidade, advertiu.

SO/LUSA

Fonte: Saúde Online

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