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Novas demissões reabrem crise no Hospital de Faro

O Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA) está a enfrentar uma nova crise resultante de mais demissões na unidade. O diretor clínico, Mahomede Americano, demitiu-se do cargo, a vogal executiva do conselho de administração, Helena Leitão, também abandonou o lugar. Por outro lado, o diretor do Serviço de Ortopedia, Paulo Andrês, pediu a exoneração para ir trabalhar no sector privado.

Segundo avança o jornal Público, por trás das saídas continua a estar a falta de recursos humanos e financeiros que estão na origem de muitos dos problemas que afetam o CHUA, que inclui os hospitais de Faro, do Barlavento (Portimão), e a unidade de Lagos.

O Conselho de Administração do CHUA, presidido por Ana Paula Gonçalves, terminou o mandato no final do ano passado. Nessa altura, um grupo de cinco diretores do CHUA reuniu-se com a presidente do Conselho Consultivo do CHUA, Isilda Gomes, também presidente da Câmara de Portimão, manifestando descontentamento pelo rumo que estava a ser seguido pelo Conselho de Administração, pedindo ao mesmo tempo a demissão da presidente.

Na altura, a autarca socialista deixou a promessa de uma resposta para “breve”, sem concretizar datas. Questionada pelo Público disse que a situação ainda não estava esclarecida. Será tomada uma decisão “a seu tempo”, disse, realçando o reforço orçamental para o sector da saúde.

“Vamos ter muito mais dinheiro, certamente as coisas vão mudar.” Quanto a uma eventual substituição do conselho de administração, respondeu de forma evasiva: “Mudar ou não mudar cabeças, o que é preciso é ter condições para resolver os problemas.”

Por seu lado, o representante distrital da Ordem dos Médicos, Ulisses Brito, manifestando-se desiludido com as repetidas promessas e salientou ao mesmo jornal que “não se vê solução à vista”. Mahomede Americano, vogal executivo do conselho de administração com funções de diretor clínico “tornou público que não gostaria de ver a sua comissão de serviço renovada”, esclareceu Ana Paula Gonçalves, adiantando que continua a trabalhar até ser substituído. Para o seu lugar, avança o Público, foi convidada, e aceitou o lugar, a diretora do Serviço de Medicina do Hospital do Barlavento, Luísa Arez. Quanto à professora de Biociências da Universidade do Algarve, Helena Leitão, disse ter explicado “à ministra que estava na altura de voltar à universidade”. “E nós dividimos o trabalho dela por nós, até que haja o despacho de nomeação de uma equipa”, acrescentou Ana Paula Gonçalves.

De recordar que, na anterior legislatura, o hospital do Barlavento (Portimão) esteve particularmente em foco, por causa da falta de médicos e enfermeiros nas urgências. A autarca Isilda Gomes deixou o aviso ao então ministro Adalberto Campos Fernandes: “É preciso passar das palavras aos atos”, disse, referindo-se às promessas por concretizar, de valorizar aquela unidade de saúde, com mais de duas dezenas de anos, e a precisar de obras de manutenção. Sobre a construção do novo hospital central, que já teve direito ao lançamento de duas “primeiras pedras”, o PS/Algarve, em comunicado de imprensa, reafirma que existe o “compromisso do Governo em avançar nesta legislatura com a construção desta fundamental infraestrutura de saúde para a região”.

Outra situação reportada pelos profissionais diz respeito ao Serviço de Ortopedia, com 24 vagas no quadro, muito embora esteja reduzido a sete especialistas. “Também não existem no país”, lembrou Ana Paula Gonçalves. A saída do diretor do serviço, Paulo Andrês, forçou a reorganização da equipa: “Estamos neste momento a apoiar a inscrição de médicos de outros países que querem vir trabalhar para o Algarve – três ortopedistas brasileiros”, adiantou a gestora. Os equipamentos, prossegue, estão obsoletos e os profissionais são atraídos para o sector privado ou procuram fazer carreira nos grandes centros. Dos novos clínicos saídos do Mestrado Integrado em Medicina da Universidade do Algarve, a região só conseguiu atrair 38% de diplomados, por falta de saídas profissionais ou pela reduzida capacidade formativa dos hospitais algarvios. Em resposta a essa situação foi criado há cerca de três anos o Centro Académico de Investigação e Formação Biomédica- Algarve Biomedical Center (ABC).

SO/Público

Fonte: Saúde Online

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