Covid-19: Hospital de campanha em Lisboa pronto a acolher infetados a partir de sábado
“Esta é uma resposta que queremos que seja de âmbito preventivo, de tranquilidade e de apoio ao Sistema Nacional de Saúde, em que se permite a partir desta infraestrutura libertar recursos, libertar meios, que têm de estar concentrados em apoiar os doentes que estão em situação mais crítica e mais difícil que serão acompanhados nos edifícios dos hospitais centrais”, reforçou o presidente da Câmara de Lisboa.
Em relação aos recursos humanos, o presidente da Administração Regional de Saúde e Vale do Tejo, Luís Pisco, explicou que há um “conjunto grande de médicos e enfermeiros que se ofereceram para colaborar”, não estando ainda contabilizado o número de profissionais necessários.
O presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte, Daniel Ferro, acrescentou que a resposta dada neste hospital de campanha poderá vir a “quase duplicar a capacidade” atual destes hospitais.
As refeições, de acordo com o reitor da Universidade de Lisboa, António da Cruz Serra, serão confecionadas pela cantina da universidade, com capacidade para servir 1.000 refeições ao almoço e 1.000 ao jantar.
O reitor referiu também que o espaço está equipado com ar condicionado, o chão foi protegido e há equipamentos para carregar os telemóveis, bem como wi-fi.
Na quarta-feira, em comunicado, a Universidade Lisboa avançou que o hospital de campanha se destinaria a doentes “com outras patologias” que estão nas enfermarias do Hospital de Santa Maria, tendo depois o reitor clarificado que a infraestrutura estaria apta para receber doentes com covid-19 ou com outras patologias, uma vez que se distribui por espaços independentes uns dos outros.
No entanto, Daniel Ferro garantiu hoje que o hospital de campanha vai acolher apenas os casos ligeiros de doentes infetados pelo novo coronavírus.
A UL cede os espaços e garantirá a confeção e distribuição de comida através dos Serviços de Ação Social na Cantina Velha, enquanto a Câmara Municipal de Lisboa tem a seu cargo a operação de montagem de equipamento e logística e o Exército Português o fornecimento das camas.
No final da visita, a comitiva tirou uma fotografia de grupo, desta vez mantendo a devida distância de segurança.
Em Portugal, registaram-se 60 mortes, mais 17 do que na véspera (+39,5%), e 3.544 infeções confirmadas, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, que identificou 549 novos casos em relação a quarta-feira (+18,3%).
Dos infetados, 191 estão internados, 61 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 43 doentes que já recuperaram.
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