COVID-19: Plano de contigência da DGS prevê duplicação de profissionais de saúde
“No caso do internamento hospitalar de adultos, e mediante avaliação da casuística, poder-se-á considerar um incremento correspondente a 1,5 a 2 vezes,” uma vez que todas as intervenções médicas, de enfermagem e assistentes operacionais são feitas por “profissionais dedicados, envolvendo igualmente profissionais dedicados a supervisão”, refere o documento.
No caso do internamento de pediatria, o documento adianta que, mediante a avaliação da casuística, “pelo maior consumo de recursos humanos, a que acresce a possibilidade de os progenitores estarem ausentes por doença, o rácio deve ser aumentado 1,5 vezes para médicos e três vezes para enfermagem e assistentes operacionais”.
Segundo o documento, “as unidades de saúde deverão adequar a sua organização e meios de forma a garantir o envolvimento eficaz e seguro de todos os profissionais de saúde, adaptando procedimentos, independentemente do tipo e local da sua inscrição no Registo Nacional de Utentes”.
Estabelece também a necessidade de estimar o número de profissionais de saúde, por categoria profissional, necessários para cada nível de alerta e resposta, adaptando aos contextos local, regional e nacional, e o seu recrutamento caso necessário.
Determina ainda que sejam estabelecidos “alguns papéis onde voluntários possam ser utilizados, com discussão prévia entre organizações e associações profissionais” e que sejam identificadas organizações que podem providenciar voluntários e definir um protocolo.
O plano sublinha que é possível que pessoas com Covid-19, mas que desconhecem o seu estado, procurem cuidados de saúde em farmácias, centros de saúde e em hospitais.
“Consequentemente, todas as equipas das unidades de saúde do sistema de saúde, incluindo estabelecimentos de saúde do setor social ou privado, devem saber como atuar face a um caso suspeito, com acesso a informação clara, atualizada regularmente”, refere o documento.