Governo confirma 30 profissionais de saúde infetados. “Estamos na fase de aceleração do contágio que obriga à responsabilidade individual e coletiva”
“Há 30 profissionais infetados, sendo que 18 são médicos”, referiu o secretário de Estado da Saúde, António de Lacerda Sales, numa conferência de imprensa esta terça-feira em Lisboa.
“Estamos a reforçar o número de profissionais de saúde” no SNS e na resposta à pandemia, frisou o governante. “Recrutámos mais 450 profissionais de várias classes, sendo médicos, enfermeiros, biólogos, nutricionistas, dentistas e veterinários”, acrescentou.
“Temos mais de 1.800 médicos disponíveis para reforçar o SNS na reposta à epidemia” e mais de “1.000 enfermeiros”, referiu.
“O SNS 24 está mais forte e capaz de responder melhor. Continua a ser a entrada primordial no SNS”, disse o secretário de Estado que adiantou que na segunda-feira aquela linha recebeu 13 mil chamadas, um número recorde.
O governante confirmou que o país dispõe de 1.142 ventiladores no país, muitos deles preparados para serem usados na resposta ao surto.
“Não nos podemos esquecer do mais importante: de cuidarmos de cada um de nós, porque somos todos agentes de saúde pública”, terminou o governante.
Questionada sobre o caso da Madeira noticiado hoje, Graça Freitas, disse que os dados que dispõe atualmente remetem apenas para informações anteriores às 00h00 de hoje.
Sobre o caso da grávida infetada que deu hoje à luz no Porto, a diretora-geral da Saúde comenta que o parto “prova que os serviços estão organizados de forma a dar as melhores repostas”.
Portugal registou ontem a primeira morte por COVID-19, anunciou a ministra da Saúde, Marta Temido. Trata-se de um homem de 80 anos, com “várias patologias associadas” que estava internado há vários dias no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, disse a ministra, na segunda-feira.
O Governo português declarou na sexta-feira o estado de alerta no país, colocando os meios de proteção civil e as forças e serviços de segurança em prontidão, e suspendeu as atividades letivas presenciais em todas as escolas a partir de segunda-feira, impondo restrições em estabelecimentos comerciais e transportes, entre outras.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou, na quarta-feira, a doença COVID-19 como pandemia, justificando tal denominação com os “níveis alarmantes de propagação e de inação”. O surto de COVID-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 7.000 mortos em todo o mundo.
O número de infetados ronda as 175 mil pessoas, com casos registados em pelo menos 141 países e territórios. Do total de infetados, mais de 75 mil recuperaram.
Face ao avanço da pandemia, vários países têm adotado medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena inicialmente decretado pela China. Vários países na Europa, como Itália, Noruega, Irlanda, Dinamarca, Lituânia, França e Alemanha, encerram total ou parcialmente escolas, universidades, jardins de infância e outras instituições de ensino.
Em Portugal, o primeiro-ministro, António Costa, comunicou na semana passada ao país o encerramento de todas as escolas para travar a proliferação do coronavírus, entre outras medidas. Também foi anunciado a suspensão de todos os voos de e para Itália. A Direção-Geral de Saúde também reforçou as recomendações à população.
Nos últimos dias, Itália tornou-se o caso mais grave de epidemia fora da China e o Governo italiano decidiu há uma semana alargar a quarentena, imposta inicialmente no norte do país, a todo o território italiano.
Na quarta-feira, as autoridades italianas voltaram a decretar medidas de contenção adicionais e ordenaram o encerramento de todos os estabelecimentos comerciais à exceção dos de primeira necessidade, como supermercados ou farmácias.
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