COVID-19: Familiar de utente que morreu infetada apresenta queixa contra lar de Matosinhos
Na queixa, a que a agência Lusa teve hoje acesso, José Neves pede ao Ministério Público (MP) o apuramento de factos que, da conduta da instituição e dos membros dos seus corpos gerentes e funcionários, “possam consubstanciar a eventual prática de qualquer crime, designadamente, de homicídio, propagação de doença, ofensas à integridade física, omissão de auxílio, entre outros, procedendo-se à respetiva abertura de inquérito para esse fim”.
“Efetivamente, desde janeiro de 2020, e mais frequentemente neste mês de abril derivado da pandemia da covid-19 provocada pela infeção com o novo coronavírus, a comunicação social tem veiculado diversas notícias relativas a queixas sobre deficientes condições de internamento dos idosos na referida instituição, nomeadamente da Ordem dos Enfermeiros, assim como relativas às mortes entretanto ocorridas derivadas da identificada pandemia e na base das quais estará a acção e/ou omissão da referida instituição, membros dos corpos gerentes e funcionários na abordagem à doença em causa”, sublinhou.
No documento, o queixoso recordou que o lar foi objeto de vistioria por parte das autoridades de saúde a 07 de abril, onde se constataram “incumprimento das normas de segurança, higienização e segregação dos utentes”, motivo pelo qual lhe foi ordenado a instauração de medidas corretivas.
Mas, acrescentou, a 25 de abril, as “falhas apontadas” na anterior vistoria não foram corrigidas.
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