Enfermeiros exigem progressão na carreira de 20 mil profissionais
“As expectativas foram totalmente goradas. Saímos conforme entramos. Disseram que a Assembleia da República vai discutir em setembro as nossas petições, mas compete ao Governo encontrar soluções e não à Assembleia da República. De qualquer forma, vamos ver quais são os partidos que disseram que estavam a lado dos enfermeiros e como se posicionam na votação destas propostas”, referiu a coordenadora.
Entre outras reivindicações, o SEP queixa-se de que a atual carreira “não valoriza a profissão”.
“Continuamos a assistir a colegas aos quais não são contados os pontos para progredir” e “continua a existir uma carreira diferente para contratos de trabalho em funções públicas e para contratos individuais de trabalho”, disse Fátima Monteiro.
A coordenadora da direção Regional do SEP falou de uma “revolta de anos”, sublinhou que o setor “sofre com falta de profissionais” e lamentou que “quem é agora admitido só o consegue por vínculo precário”.
“O descongelamento das progressões foi usado na última campanha de forma política, tendo sido dito que o descongelamento iria resolver problemas e os mais beneficiados seriam os enfermeiros. Não. Estão a ser muito prejudicados e mais de 20 mil enfermeiros aguardam o descongelamento”, descreveu Fátima Monteiro.
O SEP critica ainda o valor de 1.201 como ordenado mínimo da profissão, mas recorda que este valor é o de “acesso à profissão”, pelo que “não pode ser considerado como pontos para descongelamento [de carreira]”, querendo evitar “injustiças” como “a de um colega que comece a trabalhar ganhe o mesmo que profissionais com 20 anos de carreira”.
“A carreira foi revista e em nada veio valorizar ninguém e veio criar injustiças. E isto sem contrapartidas económicas. A transição de carreiras não significou um acréscimo salarial. Governo reconhece publicamente isto, mas não toma opções políticas que solucionem estes problemas”, concluiu.
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