Médicos solidários com diretora do ACES Alentejo Central que se demitiu
O sindicato pede ainda a substituição do conselho diretivo da ARS Alentejo, considerando que “não tem condições para continuar em funções”.
A demissão da diretora executiva do ACES Alentejo Central, Maria Laurência Gemito, foi conhecida na segunda-feira quando a responsável revelou que tinha abandonado o cargo, alegando que ia voltar a lecionar na Universidade de Évora.
Esta saída acontece numa altura em que Reguengos de Monsaraz (Évora), um dos concelhos pertencentes ao ACES Alentejo Central, regista o maior surto de covid-19 no Alentejo, com pelo menos 14 óbitos e 136 casos ativos.
Depois de a ARS do Alentejo ter confirmado a suspensão das férias, até à próxima sexta-feira, de todos os médicos, enfermeiros e outros prestadores de cuidados primários do distrito de Évora devido a este surto da doença, o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) exigiu a revogação imediata da medida.
A presidente da sub-região de Évora da Ordem dos Médicos considerou “abusiva” e sem “suporte legal” a decisão da ARS de destacar médicos deste ACES para o lar de Reguengos de Monsaraz e o SMZS denunciou no domingo o que disse ser, por parte da ARS, uma “mobilização forçada de médicos” do ACES do Alentejo Central, do Hospital do Espírito Santo de Évora e da Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano.
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