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Ventura admite “entendimento” com o PSD/Madeira semelhante ao dos Açores

José Sena Goulão / Lusa

O líder do Chega admitiu, esta sexta-feira, que poderá haver um “entendimento” com o PSD/Madeira semelhante ao estabelecido nos Açores.

“Se o que estiver em cima da mesa for o Partido Socialista estar à beira de conseguir o Governo Regional da Madeira ou até, nas autárquicas, de estar à beira de conseguir maiorias em alguns municípios, eu diria que podemos ter aqui entendimentos semelhantes ao que já tivemos no Governo Regional dos Açores”, afirmou André Ventura.

O líder do Chega fez estas declarações depois de uma reunião com o social-democrata Miguel Albuquerque, que lidera o Executivo de coligação PSD/CDS-PP, na Quinta Vigia, sede da Presidência do Governo da Madeira, no Funchal.

Ventura referiu que o partido pretende concorrer sozinho nas eleições autárquicas de 2021 em todos os concelhos da região autónoma, mas sublinhou que o “grande objetivo” é impedir o Partido Socialista de “renovar ou alcançar maiorias”, pelo que admite “entendimentos” com o PSD.

“Não podemos falar em nenhum acordo, porque vamos concorrer sozinhos, mas há aqui boas perspetivas de um entendimento político que permita que o Partido Socialista não alcance a governação autárquica”, disse.

Na Região Autónoma da Madeira, o PSD governa três Câmaras Municipais e o PS quatro, incluindo o Funchal, em coligação com BE, PDR e Nós, Cidadãos!, num total de 11 municípios.

André Ventura realçou que Miguel Albuquerque é o dirigente do PSD com funções executivas que “melhor relação” tem com o Chega, vincando que isto estabelece uma “boa previsão para a cooperação política”.

“Expressámos ao presidente do Governo Regional da Madeira a nossa preocupação com alguma hostilidade do parlamento nacional em relação a propostas que prejudicam a Região Autónoma da Madeira, como é o caso das finanças regionais, como é o caso da facilitação burocrática em áreas como a da exploração da área marítima, como é o caso do Centro [internacional] de Negócios da Madeira”, disse.

O líder e deputado único do Chega assegurou que vai apoiar todas propostas oriundas do Executivo madeirense e da estrutura regional do partido submetidas à Assembleia da República, nomeadamente ao nível da proteção do Centro Internacional de Negócios (Zona Franca), da revisão da lei das finanças regionais e da promoção da autonomia a fiscal.

Ventura disse, por outro lado, que as medidas de combate à pandemia de covid-19 adotadas na Madeira são um “exemplo” para o país.

“O que temos aqui, na Madeira, em muitos aspetos, é um exemplo que o Governo nacional devia seguir”, afirmou, reforçando: “Conseguimos, na Madeira, ter algo razoável, que, aliás, está a acontecer em muitos países europeus, como Espanha e Itália, que é ter a economia aberta durante um tempo, com regras, com controlo, com máscara, sem destruir tudo, sem fechar tudo.”

Na deslocação à região autónoma, Ventura reuniu-se ainda com o presidente da Assembleia Legislativa da Madeira, o centrista José Manuel Rodrigues, e visitou o Comando Regional da Polícia de Segurança Pública. Este sábado, participa num encontro com militantes do partido, em Santa Cruz, na zona leste da ilha.

Nas eleições presidenciais de janeiro, o líder do Chega ficou em segundo lugar na Região Autónoma da Madeira, obtendo 9,95% dos votos, logo a seguir a Marcelo Rebelo de Sousa, com 72,16%.

Bastonária “não foi convidada para ser candidata”

Esta sexta-feira, em entrevista ao jornal online Observador, Nuno Afonso, coordenador autárquico do Chega, negou que a bastonária da Ordem do Enfermeiros tenha sido convidada para ser candidata do partido à Câmara Municipal de Lisboa.

“Eu, que sou coordenador autárquico nacional, nunca falei com Ana Rita Cavaco sobre isso. O André Ventura também não”, afirmou, acrescentando que o Chega tem “dois nomes para Lisboa”, que “ainda não foram contactados” devido ao facto de o partido estar “em processo de eleições internas”.

Nuno Afonso afirmou que o Chega não vai “anunciar candidatos até ao dia 6 de março” e que, portanto, “tudo o que aparecer na comunicação social” não é para ser dado como certo.

O coordenador autárquico disse ter confiança de que o partido vai ser a terceira força política mais votada nas próximas eleições, mas reforçou que o primeiro objetivo “é conseguir ir a todas autarquias“.

“É fundamental a implantação nacional, sendo nós um partido antissistema e um partido que quer ser representante do povo e das vontades do povo, que é um bocado aquele conceito de populismo, aquela palavra que às vezes nos usam para definir. É um facto que queremos representar o povo e ser a sua voz e para isso temos de ter alguma implantação nacional, temos de crescer em todo o lado, por todo o país, não podemos focar-nos apenas em Lisboa, Porto, Setúbal, Faro, nos grandes distritos”, disse ainda.

Fonte: ZAP

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